Em 2008 estamos convidados a continuar refletindo o tema “No poder do Espírito, proclamamos a reconciliação”. A novidade é o lema bíblico do profeta Zacarias. “Velhinho e velhinhas sentarão nas praças de Jerusalém e as praças ficarão cheias de meninos e meninas brincando.” (Zacarias 8.4-5). O lançamento da Campanha Tema do Ano foi no dia 02 de março de 2008, em culto nas comunidades da IECLB.
O lema bíblico é uma palavra profética. Profetas são sujeitos visionários. Eles têm visões. Zacarias é profeta e, portanto sonha de olhos abertos. As suas visões expressam uma esperança bem humana que envolve parcelas da sociedade de época que tem carências e dificuldades de vida. Para o profeta Zacarias, que conheceu a capital de seu país em ruínas, após a destruição, essa esperança não é saudade de um tempo que já passou, mas é promessa divina.
Estamos em outros tempos. Mas nem por isso deveríamos deixar de sonhar, ter visões e expressar esperanças. Por isso, tanto a reconciliação, quanto a esperança de uma nova realidade que tem por lugar a praça, são assuntos atuais. Reconciliação da pessoa consigo mesma, dentro de uma sociedade de consumo e competição que não dá oportunidades de sermos humanos. Reconciliação entre gerações, etnias e culturas, exercitando a convivência, alteridade e o respeito ao diferente. Reconciliação com o meio ambiente e a natureza, reconhecendo que a terra e os seus recursos pertencem a Deus e estão sob os nossos cuidados. Reconciliação em nossas comunidades pela prática da justiça, do amor à misericórdia.
A praça expressa a esperança de um lugar comum para o convívio, liberto das regras de mercado que exigem eficiência e onde tempo é dinheiro. A praça simboliza todos os espaços que podemos restaurar e recuperar para a vivência da reconciliação. São os nossos espaços comunitários (templos e centros comunitários) colocados à disposição das pessoas e de suas necessidades, os espaços públicos (ruas e praças) com acesso livre e seguro para o exercício saudável da cidadania. A gente precisa refletir muito com o lema bíblico deste tema do ano. Não podemos nos deixar impressionar pelo aspecto paradisíaco da praça e dos seus personagens no cartaz. Antes o cartaz nos deveria questionar na perspectiva profética: por que não é assim? O que impede que a imagem presente no cartaz não seja uma imagem normal do cotidiano? O que fazer para que a esperança se realize?
Que cada pessoa, grupo e setor de trabalho de nossas comunidades se sintam chamados a ajudar a construir “praças”, onde velhinhos e velhinhas podem se sentar tranquilamente, meninos e meninas podem brincar com segurança, jovens podem se enamorar sob o brilho romântico do luar e adultos podem ter tempo para jogar conversa fora e conviver com os seus.
P. Sinodal Renato Kuntzer
O lema bíblico é uma palavra profética. Profetas são sujeitos visionários. Eles têm visões. Zacarias é profeta e, portanto sonha de olhos abertos. As suas visões expressam uma esperança bem humana que envolve parcelas da sociedade de época que tem carências e dificuldades de vida. Para o profeta Zacarias, que conheceu a capital de seu país em ruínas, após a destruição, essa esperança não é saudade de um tempo que já passou, mas é promessa divina.
Estamos em outros tempos. Mas nem por isso deveríamos deixar de sonhar, ter visões e expressar esperanças. Por isso, tanto a reconciliação, quanto a esperança de uma nova realidade que tem por lugar a praça, são assuntos atuais. Reconciliação da pessoa consigo mesma, dentro de uma sociedade de consumo e competição que não dá oportunidades de sermos humanos. Reconciliação entre gerações, etnias e culturas, exercitando a convivência, alteridade e o respeito ao diferente. Reconciliação com o meio ambiente e a natureza, reconhecendo que a terra e os seus recursos pertencem a Deus e estão sob os nossos cuidados. Reconciliação em nossas comunidades pela prática da justiça, do amor à misericórdia.
A praça expressa a esperança de um lugar comum para o convívio, liberto das regras de mercado que exigem eficiência e onde tempo é dinheiro. A praça simboliza todos os espaços que podemos restaurar e recuperar para a vivência da reconciliação. São os nossos espaços comunitários (templos e centros comunitários) colocados à disposição das pessoas e de suas necessidades, os espaços públicos (ruas e praças) com acesso livre e seguro para o exercício saudável da cidadania. A gente precisa refletir muito com o lema bíblico deste tema do ano. Não podemos nos deixar impressionar pelo aspecto paradisíaco da praça e dos seus personagens no cartaz. Antes o cartaz nos deveria questionar na perspectiva profética: por que não é assim? O que impede que a imagem presente no cartaz não seja uma imagem normal do cotidiano? O que fazer para que a esperança se realize?
Que cada pessoa, grupo e setor de trabalho de nossas comunidades se sintam chamados a ajudar a construir “praças”, onde velhinhos e velhinhas podem se sentar tranquilamente, meninos e meninas podem brincar com segurança, jovens podem se enamorar sob o brilho romântico do luar e adultos podem ter tempo para jogar conversa fora e conviver com os seus.
P. Sinodal Renato Kuntzer
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