segunda-feira, 31 de março de 2008

Os discípulos de Emaús Lc. 24. 13-25



Jesus deixou um sinal através do qual os seus discípulos o podem reconhecer e encontrar: a Santa Ceia.
Em cada Santa Ceia Jesus caminha ao nosso lado, está realmente presente no meio de nós. Ele fala-nos nas Escrituras, Ele se dá a conhecer no partir do Pão. Todas as vezes que nós «vemos» este sinal, partimos para levar a Boa Nova de Jesus Cristo a todos aqueles que precisam de coragem e amparo.
Nós somos os discípulos de Emaús que encontramos Jesus Cristo na Ceia do Senhor.

sábado, 29 de março de 2008

Quem Pode ser Discípulo de Jesus


Seguir a Jesus é um desafio difícil e exigente. Só uns poucos querem fazer o esforço para serem verdadeiramente discípulos de Cristo.
Os homens freqüentemente amenizam as exigências do discipulado. Num esforço desorientado para atrair mais seguidores ou para acalmar suas próprias consciências, pregadores e mestres freqüentemente fazem com que o discipulado pareça relativamente indolor. Não é. Jesus mesmo sempre advertiu francamente os futuros seguidores do custo do discipulado. Ele nunca tentou fazer discípulos enganando-os quanto ao que deles se esperava. Em Lucas 14:25-35, Jesus fala aos supostos seguidores. Ele fala não só das exigências especiais para os seguidores mas também encoraja-os a avaliar o custo antes que se comprometam. Ele sugere que seria loucura começar a construção de uma torre só para ter de desistir no meio, por falta de dinheiro. E talvez seria ainda mais louco declarar guerra e ter de pedir a paz antes da batalha, por estar com menos soldados. Assim, também, Jesus está dizendo: um homem tem que avaliar o custo antes de se tornar um discípulo de Jesus. As exigências que Jesus faz são: 1. Amar a Deus acima da família ou de si mesmo; 2. Carregar a sua própria cruz; 3. Seguir a Jesus; 4. Deixar todas as próprias posses. Em poucas palavras, Jesus quer homens que o seguirão a todo custo. Nenhuma pessoa, nenhuma posse, nenhuma consideração de conveniência pessoal, conforto ou vida devem interferir no serviço de alguém a Jesus. É duro seguir a Jesus, mas vale a pena. Você é, realmente, seu discípulo?

quarta-feira, 26 de março de 2008

Lições a Caminho de Emaús


As aparições do Cristo vivo e ressuscitado são cátedras de onde brotam fecundos ensinamentos. Se pararmos para meditar nas aparições do Cristo ressuscitado, à luz da fé, vislumbraremos que a misericórdia de Deus em favor dos homens é uma ação contínua. Vamos agora, guiados pelo Espírito Santo, adentrar na passagem de Emaús. Pelos relatos do Evangelho, temos conhecimento de que, no Domingo da ressurreição, Jesus Cristo foi ao encontro dos dois discípulos de Emaús e caminhou com eles, como um viajante. Desde o início da caminhada, Cristo, por meio de palavras e de gestos, revelava a Cléofas e seu companheiro: “Eu sou o primeiro, o último e o vivente. Estava morto mas agora vivo!” (Ap 1,17-18). A caminhada de Emaús é marcada por passos lentos, pelo silêncio, pela tristeza e pela ausência de ideais. Cléofas e seu companheiro, por alguns momentos, se deixam sucumbir pelo cansaço e, por isso, deixam cair no esquecimento a advertência que São Paulo nos dá: “Não descuides do dom da graça que há em ti!” (1 Tm 4,14). Mas o descuido não era definitivo pois, de um modo misterioso, estes dois discípulos de Emaús, conseguem nos dizer: “Eu dormia, mas meu coração velava!” (Ct 5, 12). Lutemos com afinco contra o cansaço e o desânimo. Com humildade, é preciso que saibamos velar em atitude de oração. Em oração, com os ouvidos da alma bem abertos, poderemos dialogar com Cléofas e ouvir o que ele nos diz: “O Senhor foi convosco, porque vós fostes com Ele. Se o buscardes, achá-lo-eis; mas, se o abandonardes, Ele vos abandonará!” (2Cr 15,2). Esta é uma das primeiras lições que temos que aprender, trilhando o caminho de Emaús: Cristo ressuscitado caminha conosco e não nos deixa sozinhos. “Se hoje ouvirdes a Sua voz, não endureçais os vossos corações!” (Sl 94,8). Com o coração pulsando de santidade, examinemos nossas vidas, amparados pela Boa Nova de Cristo, e sintamos em nosso íntimo que o bem que há em nós é o somatório de inúmeras graças que Deus nos outorgou, pois “de Sua plenitude todos nós recebemos graça sobre graça”. (Jo 1,16) Uma segunda lição que devemos aprender com os dois discípulos de Emaús é que, sem a presença de Deus em nossas vidas, somos apenas caminhantes sem destino, uns peregrinos conturbados. Diante das conturbações, é essencial saber proferir: “Senhor, foi por teu favor que me concedestes honra e poderio; mas apenas escondeste de mim o teu rosto, fiquei conturbado”. (Sl 29,8). Na caminhada da fé, em alguns momentos, muitos de nós atravessamos dias escuros, noites de insônia e de amargura. Nestes momentos, é de suma importância que saibamos dar profusão ao ardor do nosso coração, que nos fará vislumbrar que “a graça por Jesus Cristo nosso Senhor é concedida com tal liberalidade, a quem aprouver a Deus concedê-la, que sem ela não podemos perseverar, ainda que quisermos, mas é tão copiosa e eficaz que nos move a querer o bem”. (Santo Agostinho, “De correctione et gratia”, cap.XI,32). A graça é a essência do amor e, ao mesmo tempo, é o centro para o qual deve convergir toda a existência humana, para que seja revestida de justiça e de santidade. Nos nossos dias, Cristo continua a nos dizer: “Sois insensatos e lentos de coração para crer em tudo o que os profetas anunciaram!” (Lc 24, 25). Agindo assim, Ele nos demonstra que “a graça não exclui a correção, e a correção não nega a graça”. (Santo Agostinho, op.cit, cap XVI,49). Uma terceira lição que aprendemos em Emaús é que, por meio das Sagradas Escrituras, Deus nos orienta e ensina. Ler as Escrituras é se predispor a ouvir a Deus, pois “a Escritura não é uma coisa do passado. O Senhor não fala no passado, mas fala no presente, fala hoje conosco, dá-nos luz, mostra-nos o caminho da vida, dá-nos comunhão e assim nos prepara e nos abre à paz”. (Papa Bento XVI, “Audiência” em 29 de março de 2006). Por intermédio das Escrituras, podemos perceber que a comunhão é verdadeiramente uma Boa Nova que extravasa nosso ser e nos leva a suplicar: “Permanece conosco, Senhor!” (Lc 24, 29). Cristo vivo e ressuscitado caminha conosco e O encontramos pessoalmente na Santa Ceia. A fração do Pão deve ser, essencialmente, o gesto prioritário da nossa identificação com o nosso Redentor. Diante da Mesa Eucarística, podemos professar: Jesus está no Santíssimo Sacramento como meu Salvador. Chega-se a mim para comunicar-me as Graças da Redenção, aplicar-me os Seus Méritos, fazer correr o Seu Sangue divino sobre o meu corpo e minha alma.

domingo, 23 de março de 2008

Sepultura de Jesus


A foto acima é da tradicional entrada do túmulo de Jesus em Jerusalém. Embora o lugar seja apontado pela Igreja Católica e outras igrejas cristãs como sendo o lugar certo, a verdade é que não há certeza absoluta de que Jesus foi sepultado aqui mesmo. Para os cristãos reformados, o exato local -- e mesmo, um local -- não faz muita diferença. Para eles, Jesus morreu no monte Gólgota e foi sepultado em algum lugar nos arredores de Jerusalém, ressuscitou dos mortos ao terceiro dia e subiu aos céus, conforme o relato dos Evangelhos. Este foi mais um domingo de alegria. As Igrejas de São Miguel e Vitória estavam cheias de pessoas que vieram para os cultos de Páscoa. E celebramos a Páscoa louvando e agradecendo a Deus por nos conceder salvação.

sábado, 22 de março de 2008

Sábado de Aleluia




Sábado de Aleluia, às 19:30 realizou-se o culto de Aleluia na comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Entre-Ijuis. A celebração foi linda e emocionanate, a comunidade celebrou antecipadamente a Páscoa. As crianças tiveram uma participação na reflexão, pois elas falaram das expectativas em relação ao dia de Páscoa. A comunidade foi motivada para celebrar em família a passagem da morte para a vida de Nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto o culto foi uma festa para a honra e glória de Deus. Uma Feliz Páscoa para você meu caro leitor. Sinta-se abraçado e felicitado.


Claudio De Marchi






sexta-feira, 21 de março de 2008

O Significado do Peixe para Os Cristãos





A palavra grega para peixe é ICHTHUS e as suas cinco letras formam o acrônimo grego com a frase:
Iesus Christus Theou Yicus Soter, que quer dizer: Jesus Cristo filho de Deus Salvador.
O desenho de um peixe tornou-se símbolo dos primeiros cristãos que, em tempos de perseguição, o usavam como sinal secreto da fé.
Onde, para um cristão identificar se uma outra pessoa era irmão na fé, desenhava um arco na areia. Se a outra pessoa era cristã, desenhava o arco ao contrário, formando assim, o desenho de um peixe.
Com o passar dos anos a figura do peixe associou-se então ao Cristianismo.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Via Saga Missioneira


Nesta Sexta-Feira Santa, 21, antecededendo a Páscoa, mais ma vez os santo-angelenses estarão sendo brindados com um espetáculo que reunirá um grande número de fiéis, pelas ruas da cidade, em direção à frente da Catedral Angelopolitana, na praça Pinheiro Machado. Desta vez sem Odailso Berté, a Cia. Sarx Teatro e Dança estará realizando pelo quarto ano a Via Saga Missioneira, ou uma procissão de fé e arte.Conforme informou a nova diretora da Cia. Sarx, Letícia de Moura, a Via Saga é parte importante da programação da Semana Santa e realizada juntamente com a tradicional Procissão do Senhor Morto, com apoio das paróquias Sagrada Família, Santo Antônio e Santo Anjo da Guarda. A Via Sacra Cristã e a Viga Saga Missioneira iniciam às 20 horas.Após a saída dos três locais, as pessoas se dirigem até a praça do Brique, de onde partem, em conjunto, para a frente da Catedral onde acontecerá a crucificação de três Cristos : o Cristo Branco (interpretado por Volimar Aimi), o Cristo Índio (por André Petri) e o Cristo Índia (interpretado por Ana Thiele Machado).TRÊS MESES DE ENSAIOSNo total, a Via Saga terá cerca de 40 pessoas envolvidas, com 30 delas participando ativamente da encenação. Letícia destacou que a exemplo dos outros anos, todos os atores e bailarinos da Cia. Sarx estão perfeitamente sintonizados para que o espetáculo ocorra da melhor maneira. A preparação foi de pelo menos três meses, neste ano, com ensaios num total de 13 horas por semana. Ela assumiu em janeiro a direção da Sarx e é responsável pela orientação cênica.O criador da Via Saga Missioneira e do texto foi Odailso Berté, com as coreografias tendo sido preparadas em conjunto por todos os bailarinos. O destaque é para a tradicional "Aleluia", de Haenvel, coreografada por Odailso e que ganhou uma adaptação musical da banda finlandesa Nightwish.EM DIREÇÃO AO CALVÁRIONa procissão, atores e bailarinos encenam o trajeto que foi feito por Jesus Cristo em direção ao Calvário. Tudo numa encenação clássica, como definiu Letícia, dramática e bastante emocionante, da paixão, morte e ressurreição de Cristo, paralelamente à história da paixão, morte e ressurreição do povo guarani, praticamente dizimado.

Igreja Cheia na Quinta- feira Santa em Konrad




Esquina konrad é uma comunidade que surpreeende. Hoje, na celebração de quinta-feira santa estiveram presentes mais de 80 pessoas. Entre estes tinham em torno de 20 jovens e umas 13 crianças. Refletimos sobre a ação simbólica de Jesus em lavar os pés dos seus apóstolos. E focalizamos a reflexão no sentido da Santa Ceia, Eu entendo que o lavapés é um questionamento profundo sobre o sentido da vida. A vida tem sentido quando colocamos ela a serviço de Deus. Lavar os pés é servir e se colocar em uma postura de humildade. Já a última ceia é uma proposta sociológica para acabar com a fome no mundo. Mas vai além disto, ela tem o seu próprio conteúdo transcendental. Está para além da nossa compreensão. Entretanto é a presença viva e concreta de Jesus no meio de nós nas nossas vidas.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Artigo para o Jornal Mensageiro



A nossa saudação aos leitores do mensageiro e que a “A graça de nosso Senhor, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos”. Amém.
Aconteceu no tempo dos navios veleiros. Um deles estava atravessando o oceano. Desabou uma tempestade terrível e desprendeu-se uma tábua no casco do navio. A água entrava com tal força para dentro do navio, que não era possível bombeá-la para fora. O capitão examinou o furo e depois disse a todos os marinheiros: “Só há uma solução para salvar a tripulação e os passageiros. Um voluntário deverá, com a ajuda de cordas, saltar para o lado de fora, e com seu corpo tapar a fenda. A força da água empurrará seu corpo para dentro do buraco e assim o fechará. Dessa maneira será possível alcançarmos o porto. Sem o sacrifício de um voluntário, todos estaremos perdidos”.
Depois de ouvirem as palavras do capitão, todos ficaram em silêncio. Então um moço de 18 anos veio à frente. “Eu quero fazê-lo, meu pai”. Quando o capitão viu que era o seu filho, assustou-se profundamente. Porém ele tinha chamado um voluntário - e ali estava ele. Não podia poupar o seu próprio filho de fazer o que era necessário.
O navio alcançou o porto. Todos estavam salvos. Mas o filho do capitão estava morto. Seu corpo havia fechado a fenda do navio. Todos acompanharam o féretro ao cemitério. Lembraram com profunda gratidão que o filho do capitão sacrificara sua própria vida para que eles fossem salvos.
Poderíamos dizer que Deus viu que sua criação estava afundando para a perdição. Então Jesus, o Filho de Deus, apresentou-se voluntariamente. Ofereceu a sua vida para salvar a todos nós. E Domingo, na páscoa, lembraremos que, ao contrário do “filho do capitão” - Jesus Cristo não permaneceu morto, mas tornou a viver. Ressuscitou, glória a Deus. Uma santa e abençoada Páscoa à você e a sua família são os votos da Paróquia Evangélica de Confissão Luterana Missões.
P. Cláudio De Marchi

domingo, 16 de março de 2008

Os Jovens Violeiros de Esquina Konrad


Neste sábado, retomamos os ensaios com o grupo de jovens que está aprendendo a tocar violão. A turma estava animada. Eles já tiveram no ano passado uma boa base, inclusive tocaram em alguns cultos, após bastante ensaio. Na verdade, estes jovens são promissores. Alguns já se destacam no domínio do instrumento e na facilidade de assimilação do conteúdo. Aos jovens de Konrad um grande abraço.

Faculdade de Direito Comemora 40 anos, Ato ecumênico.




Depois de 40 anos da formatura da primeira turma da Faculdade de Direito de Santo Ângelo, os ex-colegas se reuniram neste sábado dia 15 de março de 2008, às 10 horas para uma grande confraternização. A programação teve ato ecumênico e a presença de lideranças de Santo Ângelo. No reencontro os ex-alunos prestaram uma homenagem a instituição, bem como reinauguraram o quadro de formandos da turma de 1967, recentemente restaurado. Da turma de 60 integrantes 21 já faleceram. Foi um momento de rememorar as lembranças e ouvir histórias com quem fez a história do direito em Santo Ângelo. A eles os nossos parabéns.

sábado, 15 de março de 2008

Benção Matrimonial em Santa Tereza

Hoje, as 19 horas estará se realizando a benção matrimonial de Rudinei Claudio Glass e Tamise Naira Müller em Santa Tereza. Aqui vai um pouquinho da história da vida dos namorados.

Tudo começou a ser construído naquela festa de aniversário que ambos se conheceram. O próximo encontro foi em uma festa de confirmação da irmã da noiva, conversaram, dançaram e se enamoraram. O sentimento era tão forte que a Tanise rodou em matemática. Também pudera, matemática números, caculos , mas na sua cabeça só pensava no amor que sentia por aquele belo rapaz. O tempo foi passando e eles construindo a vida a dois através de 8 anos de noivado e 12 anos de namoro. E neste longo período de namoro surgiu à decisão do casamento. A decisão de buscar a benção de Deus para esta linda relação de amor que foi construída com sofrimento por causa da distância que os separava no período de estudos, mas também com um desejo enorme de proximidade, de amor, de carinho, de projeções e sonhos.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Reflexão Para a Época da Paixão


P. Em. Albino João Vortmann
Lucas 20, 20 a 26
“JESUS DISSE: DÊEM AO IMPERADOR O QUE É DO IMPERADOR E DÊEM A DEUS O QUE É DE DEUS!” - v. 25
Quando o Jornal o SÍNODO do 1º triênio 2008 chegar às nossas mãos (escrevo a meditação em meados de fevereiro), estaremos em pleno período de declaração e pagamento do Imposto de Renda. Vamos nos perguntar uma vez com toda a sinceridade: Nós gostamos de pagar I.R. ou qualquer outro imposto?... Na declaração, fazemos todo o possível para recebermos o máximo de restituição?... Se tivéssemos a liberdade de nós mesmos fixarmos o valor, quanto nós pagaríamos?... Com relação a essa última pergunta, o Governo sabe muito bem que isso não daria certo e é por isso que ele não nos dá liberdade, mas determina e fixa um valor que somos obrigados a pagar. Um boicote de nossa parte ele não quer e nem pode tolerar.
Assim como foi há 2000 anos, continua sendo hoje: “Dêem ao Imperador o que é do Imperador”, diz Jesus.
Jesus, no entanto, continua: “Dêem a Deus o que é de Deus!” Nós nos perguntamos: O que é exatamente de Deus?... Que espaço de tempo dedicamos a Deus: por dia, por semana, por mês, por ano, pela via afora?... Quanto daquilo o que Deus nos confia – em termos de bens, dinheiro, saúde e especialmente amor – devolvemos a Ele?... Em que esferas de nossas vidas não permitimos que Deus se meta de jeito nenhum?... Estamos notando, caros leitores: Temos que concordar que, em última análise, devolvemos muito pouco do muitíssimo que Deus nos dá! E aqui é preciso que se diga que Deus não fica na dependência de nossas dádivas e, assim sendo, Ele até suporta as nossas sonegações. Ele não nos obriga a nada, mas deixa-nos livres a assumirmos, a partir de nossa fé e por gratidão, compromissos com Ele e o nosso próximo!
Somente UM deu a Deus o que é de Deus: Ele mesmo, Jesus Cristo, deu tudo o que tinha, fazendo isto em favor de todos nós: “Deu a vida na cruz por nós!” O próprio castigo que nós merecíamos, pela prática das sonegações do que devemos a Deus, foi pago por Cristo na cruz. E é por isso mesmo que Deus nos torna livres, e não obrigados, a darmos a Ele o que é Dele!
Gratos por tudo que Deus nos dá e movidos por nossa fé, coloquemos nossos dons a serviço Dele e de nosso próximo, fazendo bom uso de nosso tempo, de nossos bens, de nosso dinheiro, etc., dispendendo de maneira especial o amor com o qual Deus nos presenteou ricamente!
Amém.
Leitura imprescindível para cada membro da IECLB: Livretos “FÉ, GRATIDÃO E COMPROMISSO” e “QUEM É MEMBRO DA IECLB?” Solicite esse material às lideranças das Comunidades ou ao Sínodo.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Páscoa 2008


Numa tarde quente de verão, o pai toma seu filho no colo e diz:
“- No domingo, vai ter festa na casa do vovô e da vovó.”
“- Festa?” Pergunta o menino. “Mas festa por quê?”
“- Seu avô e sua avó estão comemorando Bodas de Ouro, cinqüenta anos de casamento.”
Admirado o menino diz:
“- Cinqüenta anos!!! Isto é muito tempo! Como eles ainda se lembram?”
O pai ri e explica:
“- Para uma data não ser esquecida ela precisa ser rememorada. Os acontecimentos precisam voltar a nossa mente e é sempre bom agradecer a Deus por isto. Por Ele nos ter dado este presente.”

Eis a explicação, o ensino deste pai ao seu filho pequeno, sobre a festa importante que estava por acontecer naquela família. Quem já celebrou Bodas de Ouro bem sabe que esta comemoração não se faz de um dia para o outro. É preciso planejamento, preparo e trabalho. Muitas são as lembranças e ansiedade até o grande dia. E depois, dias e dias são necessários para recordar cada momento, cada voto e abraço recebido.

Pois para a família cristã a maior festa é a celebração do que Deus fez por nós em Cristo Jesus: a sua Ressurreição! A Páscoa! Então é oportuna a pergunta: como estamos nos preparando para esta grande festa? O que estamos ensinando às crianças? O que, afinal, lembramos?

Se observarmos bem os Evangelhos, percebemos que cerca de um terço de todos eles é dedicado ao relato da última semana da vida de Jesus. Este tempo é relatado com muitos detalhes, tamanha a sua importância para a comunidade cristã. Também o calendário cristão acompanha este destaque, prevendo um ciclo Pascal que vai desde a Quaresma (40 dias antes), seguido de 3 dias da Páscoa e estendendo-se por mais 50 dias após. Assim, a Páscoa é a festa mais importante a ser lembrada, celebrada e ensinada.

TUDO COMEÇOU COM O DOMINGO
Desde muito cedo, os primeiros cristãos marcaram o primeiro dia da semana – o domingo – como especial. Jesus ressuscitou no domingo. Por isto, cada domingo passou a ser uma pequena Páscoa. Mais tarde, sentiram a necessidade de marcar uma festa anual da Páscoa. A comunidade, então, inspirou-se nos festejos da Páscoa judaica. Jesus estava em Jerusalém para celebrar a Páscoa dos judeus quando tudo aconteceu. Porém, enquanto que para os judeus a Páscoa era a lembrança de que Deus libertara o seu povo da escravidão do Egito e lhe dera uma nova terra, uma nova vida, para os cristãos, Páscoa é a celebração da obra salvadora de Deus. Ele não só livra o seu povo da escravidão, mas lhe dá a possibilidade de se reconciliar com Ele, através do sangue derramado pelo seu Filho amado. Ele carregou sobre si a nossa desobediência, o nosso castigo. Ele nos justificou e venceu o maior dos nossos inimigos: a morte. Páscoa é passagem da morte para a vida. Eis o evento libertador e salvador! Deus mesmo estabelece uma nova relação com a humanidade. Não são as leis e as atitudes que salvam, mas é o amor e a misericórdia de Deus, levadas às últimas conseqüências por Cristo na cruz. Aceitar este amor é aceitar a graça salvadora de Deus e nos comprometer com o Seu Reino de paz, de justiça, de cuidado e de vida.

Por muito tempo, a Páscoa foi a única comemoração dos cristãos. Nela aconteciam os Batismos daqueles que eram preparados pela comunidade para receberem a marca, o selo da cruz de Cristo em suas testas, para viver da graça de Deus. O preparo para o Batismo e para a festa da Páscoa consistia em: meditação, ensinamento bíblico, jejum, orações diárias e em conjunto e abstinência de prazeres. Desta forma, as pessoas ansiavam pelo dia da Páscoa. Era algo realmente especial. E a alegria era tanta que, nos 50 dias posteriores, ainda havia júbilo e recordações.

E HOJE? QUAL A FESTA MAIS IMPORTANTE?
Após a quarta feira de cinzas é bom perguntar: o que mudou em nossa rotina, em nossos lares, em nosso viver em sociedade? Deixamos de fazer algumas coisas porque estamos na Quaresma? Se não lembramos a cor dos paramentos que estão no altar em nossas igrejas, provavelmente é porque ainda não fomos ao culto, neste tempo.

Quando algo é importante na nossa vida, nossas atitudes o demonstram. Nós bem sabemos que nossa sociedade nos propõe adorar outros deuses. O egoísmo, o prazer, o consumo e o lucro são os mandamentos dos deuses atuais. Se não paramos para meditar, ler a Bíblia, orar, orar em conjunto, nos abstendo daquilo que não faz bem a nossa saúde, se não respeitamos este tempo modificando nossa rotina, quando vamos deixar que Deus nos pegue no colo e nos lembre da aliança de amor e de misericórdia que Ele fez conosco há tanto tempo atrás?

Somos especialistas em preparar bem nossas festas familiares, porém como critãos precisamos recuperar a preparação para a maior festa: a Páscoa. Chocolates e presentes no domingo, não mudam a nossa vida. Dançar e se divertir, podemos fazer no resto do ano. Somente o amor e a graça que Deus nos deu, ressuscitando Jesus, é que nos salva e nos liberta. Há muitas coisas que nos amarram e impedem a vida que Deus nos quer dar. É preciso reconhecê-las, é preciso cair em si. A Páscoa é o ponto alto da fé cristã, pois Deus mostrou que é Deus que age, que ouve, que liberta e caminha com o seu povo para superar tudo o que oprime, que diminui, exclui e surrupia a vida digna e plena que Ele quer para este mundo. Vamos preparar esta festa com mais carinho e responsabilidade? A comunidade cristã, com seus costumes, seus encontros e celebrações, cantos e liturgia pode apontar para a verdadeira luz que a humanidade necessita: Cristo Jesus, aquele que vive, que Ressuscitou!

(Para maior reflexão, leia:
Festas na comunidade cristã. Educação cristã e criatividade. nº 4. Ed. Sinodal.1995
Revista TEAR. Liturgia em revista. Vol.1-nº3 – dez.2000. EST.)


Pa. Anelise L. Abentroth
Horizontina, março de 2008.

terça-feira, 11 de março de 2008

Tema do Ano de 2008

Em 2008 estamos convidados a continuar refletindo o tema “No poder do Espírito, proclamamos a reconciliação”. A novidade é o lema bíblico do profeta Zacarias. “Velhinho e velhinhas sentarão nas praças de Jerusalém e as praças ficarão cheias de meninos e meninas brincando.” (Zacarias 8.4-5). O lançamento da Campanha Tema do Ano foi no dia 02 de março de 2008, em culto nas comunidades da IECLB.
O lema bíblico é uma palavra profética. Profetas são sujeitos visionários. Eles têm visões. Zacarias é profeta e, portanto sonha de olhos abertos. As suas visões expressam uma esperança bem humana que envolve parcelas da sociedade de época que tem carências e dificuldades de vida. Para o profeta Zacarias, que conheceu a capital de seu país em ruínas, após a destruição, essa esperança não é saudade de um tempo que já passou, mas é promessa divina.
Estamos em outros tempos. Mas nem por isso deveríamos deixar de sonhar, ter visões e expressar esperanças. Por isso, tanto a reconciliação, quanto a esperança de uma nova realidade que tem por lugar a praça, são assuntos atuais. Reconciliação da pessoa consigo mesma, dentro de uma sociedade de consumo e competição que não dá oportunidades de sermos humanos. Reconciliação entre gerações, etnias e culturas, exercitando a convivência, alteridade e o respeito ao diferente. Reconciliação com o meio ambiente e a natureza, reconhecendo que a terra e os seus recursos pertencem a Deus e estão sob os nossos cuidados. Reconciliação em nossas comunidades pela prática da justiça, do amor à misericórdia.
A praça expressa a esperança de um lugar comum para o convívio, liberto das regras de mercado que exigem eficiência e onde tempo é dinheiro. A praça simboliza todos os espaços que podemos restaurar e recuperar para a vivência da reconciliação. São os nossos espaços comunitários (templos e centros comunitários) colocados à disposição das pessoas e de suas necessidades, os espaços públicos (ruas e praças) com acesso livre e seguro para o exercício saudável da cidadania. A gente precisa refletir muito com o lema bíblico deste tema do ano. Não podemos nos deixar impressionar pelo aspecto paradisíaco da praça e dos seus personagens no cartaz. Antes o cartaz nos deveria questionar na perspectiva profética: por que não é assim? O que impede que a imagem presente no cartaz não seja uma imagem normal do cotidiano? O que fazer para que a esperança se realize?
Que cada pessoa, grupo e setor de trabalho de nossas comunidades se sintam chamados a ajudar a construir “praças”, onde velhinhos e velhinhas podem se sentar tranquilamente, meninos e meninas podem brincar com segurança, jovens podem se enamorar sob o brilho romântico do luar e adultos podem ter tempo para jogar conversa fora e conviver com os seus.

P. Sinodal Renato Kuntzer