Entretanto, o imperador Maximiliano morreu, deixando o trono vago; e, para o seu lugar, foi eleito Carlos I, neto dos católicos Isabel e Fernando, reis de Espanha, vindo a ser coroado como Carlos V, imperador da Alemanha. Este convocou a Dieta do Concílio Supremo para a cidade de Worms, na primavera de 1521, intimando Lutero a comparecer a fim de responder por suas novas ideias. Ao ser advertido pelos amigos de que poderia ter a mesma sorte de Huss, no Concílio de Constança, em 1415, o reformador respondeu: “Irei a Worms ainda que me cerquem tantos demônios quantas são as telhas dos telhados”.
Aos 18 de Abril de 1521, Lutero compareceu na Dieta, presidida pelo imperador. Durante o interrogatório mostraram-lhe um montão de livros e perguntaram-lhe se os havia escrito. Depois de os haver examinado respondeu que sim e que havia outros que não estavam ali. Após longo interrogatório e perante o pedido que se retratasse e renegasse o que havia escrito, respondeu: “A não ser que eu seja convencido do erro pelo testemunho das Escrituras ou – visto que não dou valor à autoridade não provada do papa e dos concílios, por ser claro que muitas vezes eles erraram e frequentemente se contradisseram – por um raciocínio evidente, continuo convencido pelas Escrituras às quais apelei e minha consciência foi feita cativa pela Palavra de Deus, não posso e não quero retratar-me de qualquer coisa, pois agir contra a nossa consciência não é coisa segura nem permitida a nós. Esta é a minha posição. Não posso agir diversamente. Que Deus me ajude. Amén”. (Doc. Igreja Cristã, pg. 250).
Por fim, Lutero deixou a cidade em paz e regressou a Wittenberg sob escolta do imperador. Após a sua partida a assembleia publicou um decreto que proibia a leitura dos seus escritos, assim como a qualquer cidadão dar alojamento ao monge rebelde, mas que deviam prendê-lo enviá-lo às autoridades imperiais. Porém, no caminho foi assaltado por soldados do seu protetor Frederico que o conduziram para o Castelo de Wartzburg. Ali, permaneceu disfarçado e protegido, sob o nome de Cavaleiro George, porém, com algumas lutas internas, até mesmo com o diabo. Foi nesse período, de Maio de 1521 a Março de 1522, que traduziu o Novo Testamento para o alemão, o qual era levado para toda a parte por mercadores. A tradução do Antigo Testamento só foi completada alguns anos mais tarde, em 1534.
A Bíblia de Lutero tornou-se o monumento da literatura alemã. Escreveu muitos panfletos, assim como belos hinos, como “Castelo Forte”. Para instrução nas igrejas elaborou os Catecismos Maior e Menor. Também se interessou com a instrução do povo para que pudesse ler a Bíblia em alemão. Ele recomendou aos governantes a criação de escolas e recordou aos pais o dever de enviarem os filhos à escola. Interessou-se também pela educação secundária e universitária.
Enquanto esteve no exílio, Lutero contou com alguns colaboradores na continuação da Reforma em Wittenberg, sendo os mais destacados Melanchton e Calrstadt. Na sua ausência a Reforma tomou proporções que ele não imaginaria. Muitos monges e freiras abandonaram os conventos e casaram. Foram abolidas as missas pelos mortos. O culto foi simplificado e passaram a usar a língua do povo ao invés do latim. Os leigos começaram a receber os dois elementos da Santa Ceia, o pão e o vinho. Calrstadt ordenou a retirada das imagens das igrejas, provocando grande destruição nas obras de arte.
Entretanto, apareceram em Wittenberg três leigos de Zwickau que diziam ser profetas e vinham pregando reformas mais radicais. Afirmavam que o que importava não era o texto das Escrituras, mas sim a revelação presente do Espírito Santo. Deste modo, não precisavam da Bíblia para orientação. Ensinavam que o Reino de Deus apareceria brevemente e que os seguidores teriam revelações especiais. Perante este fato Filipe Melanchton não sabia o que fazer e pediu conselho a Lutero. Este entendeu que estava em jogo a pureza do evangelho e arriscou regressar à sua cidade universitária a fim de controlar a situação, avisando, para isso, o seu príncipe protector.
Aos 18 de Abril de 1521, Lutero compareceu na Dieta, presidida pelo imperador. Durante o interrogatório mostraram-lhe um montão de livros e perguntaram-lhe se os havia escrito. Depois de os haver examinado respondeu que sim e que havia outros que não estavam ali. Após longo interrogatório e perante o pedido que se retratasse e renegasse o que havia escrito, respondeu: “A não ser que eu seja convencido do erro pelo testemunho das Escrituras ou – visto que não dou valor à autoridade não provada do papa e dos concílios, por ser claro que muitas vezes eles erraram e frequentemente se contradisseram – por um raciocínio evidente, continuo convencido pelas Escrituras às quais apelei e minha consciência foi feita cativa pela Palavra de Deus, não posso e não quero retratar-me de qualquer coisa, pois agir contra a nossa consciência não é coisa segura nem permitida a nós. Esta é a minha posição. Não posso agir diversamente. Que Deus me ajude. Amén”. (Doc. Igreja Cristã, pg. 250).
Por fim, Lutero deixou a cidade em paz e regressou a Wittenberg sob escolta do imperador. Após a sua partida a assembleia publicou um decreto que proibia a leitura dos seus escritos, assim como a qualquer cidadão dar alojamento ao monge rebelde, mas que deviam prendê-lo enviá-lo às autoridades imperiais. Porém, no caminho foi assaltado por soldados do seu protetor Frederico que o conduziram para o Castelo de Wartzburg. Ali, permaneceu disfarçado e protegido, sob o nome de Cavaleiro George, porém, com algumas lutas internas, até mesmo com o diabo. Foi nesse período, de Maio de 1521 a Março de 1522, que traduziu o Novo Testamento para o alemão, o qual era levado para toda a parte por mercadores. A tradução do Antigo Testamento só foi completada alguns anos mais tarde, em 1534.
A Bíblia de Lutero tornou-se o monumento da literatura alemã. Escreveu muitos panfletos, assim como belos hinos, como “Castelo Forte”. Para instrução nas igrejas elaborou os Catecismos Maior e Menor. Também se interessou com a instrução do povo para que pudesse ler a Bíblia em alemão. Ele recomendou aos governantes a criação de escolas e recordou aos pais o dever de enviarem os filhos à escola. Interessou-se também pela educação secundária e universitária.
Enquanto esteve no exílio, Lutero contou com alguns colaboradores na continuação da Reforma em Wittenberg, sendo os mais destacados Melanchton e Calrstadt. Na sua ausência a Reforma tomou proporções que ele não imaginaria. Muitos monges e freiras abandonaram os conventos e casaram. Foram abolidas as missas pelos mortos. O culto foi simplificado e passaram a usar a língua do povo ao invés do latim. Os leigos começaram a receber os dois elementos da Santa Ceia, o pão e o vinho. Calrstadt ordenou a retirada das imagens das igrejas, provocando grande destruição nas obras de arte.
Entretanto, apareceram em Wittenberg três leigos de Zwickau que diziam ser profetas e vinham pregando reformas mais radicais. Afirmavam que o que importava não era o texto das Escrituras, mas sim a revelação presente do Espírito Santo. Deste modo, não precisavam da Bíblia para orientação. Ensinavam que o Reino de Deus apareceria brevemente e que os seguidores teriam revelações especiais. Perante este fato Filipe Melanchton não sabia o que fazer e pediu conselho a Lutero. Este entendeu que estava em jogo a pureza do evangelho e arriscou regressar à sua cidade universitária a fim de controlar a situação, avisando, para isso, o seu príncipe protector.
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