quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O termo Protestante

O feudalismo trouxera muita opressão aos camponeses, os quais haviam pedido uma reforma desses abusos com base na autoridade das Escrituras. Quando Lutero leu os “Doze Artigos” dos camponeses, reivindicando os seus direitos econômicos e religiosos, dirigiu-se aos príncipes dizendo que o seu pedido era justo e pediu-lhes para reduzirem os encargos do povo. Por outro lado, tentou convencer os camponeses a serem pacientes. Entretanto, os camponeses começaram a ficar desordeiros e armaram-se para a luta.
Lutero começou a perceber que aquele movimento social podia prejudicar a Reforma. Em vista disso pediu aos príncipes para que pusessem fim à desordem. Eles agiram com a força e massacraram cerca de cem mil camponeses. Considerando esta ação uma traição de Lutero, os do Sul abandonaram-no e permaneceram na Igreja Católica. Os príncipes católicos culparam Lutero de ser causador da rebelião e proibiram a pregação da Reforma em seus territórios. Estes acontecimentos obrigaram Lutero a desenvolver uma organização e uma liturgia própria para os seus adeptos do Norte.
Na Dieta de Spira, em 1526, foi estabelecido que os cidadãos de cada estado eram livres para seguir a fé que o seu príncipe achasse correta. Desta permissão resultou um rápido crescimento do luteranismo. Porém, numa segunda assembléia, na mesma cidade, em 1529, compareceram em maioria os príncipes católicos e, perante Carlos V, revogaram a decisão anterior, declarando a Fé católica a única legal, impedindo, desta maneira, o ensino luterano em todos os estados. Os príncipes luteranos reagiram imediatamente, lendo um manifesto em que protestavam contra tal atitude. Em virtude daquele protesto, os católicos passaram a chamá-los de “protestantes” até o dia de hoje.
Considerando os acontecimentos, Carlos V pediu que lhe apresentassem uma exposição ordenada dos assuntos em discussão. Esse documento, preparado por Melanchton, foi apresentado na Dieta de Augsburg e ficou sendo conhecido como a “Confissão de Augsburg”, a qual passou a reger os luteranos.
Então, os príncipes luteranos reuniram-se em Schmalkald e decidiram organizar-se para difundirem a sua Fé. Esse acordo é chamado a Liga de Schmalkald (1531) cujo propósito era resistir ao provável edito imperial. O luteranismo progrediu no Norte, enquanto o Sul permanecia católico. A separação de Roma tornara-se então definitiva e logo foram estabelecidas novas normas para a ordenação de futuros pastores.
As lutas religiosas só terminaram com o acordo de paz efetuado em Augsburg em 1555. Esse acordo reconheceu os mesmos direitos a ambas as partes. Isto é, católicos e protestantes podiam seguir a religião do príncipe da sua escolha. Aos dissidentes foi reconhecido o direito de emigrar.

Resposta para o Senhor Adalberto no Recado Deixado no Mural

Prezado Senhor Adalberto!

A Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Santo Ângelo está surpresa com a notícia do abaixo assinado para interromper os badalos que são tocados pelo sino oriundos do relógio na torre da Igreja. O relógio é uma marca da Comunidade Evangélica em Santo Ângelo. No período em que atendi propriamente a Comunidade de Santo Ângelo no pastorado, agora atendo as comunidades situadas em outros municípios. Quem atende Santo Ângelo é a pastora Márcia minha colega. Mas posso dizer que a sociedade, as pessoas pedem pelo sinal sonoro do relógio quando ele deixa de funcionar. Eu creio que teria sido mais prudente se o senhor da reserva tivesse entrado em contato com a direção da Comunidade. Provavelmente através do diálogo teria chegado a um consenso. No entanto, atualmente, eu não sei qual é a posição da Comunidade em nível de diretoria quanto a este manifesto. Imagino que a Comunidade esteja esperando algum comunicado oficial para se posicionar no sentido de defender este símbolo de Santo Ângelo.
Um abraço e obrigado por deixar um recado no blog.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A Dieta de Worms

Entretanto, o imperador Maximiliano morreu, deixando o trono vago; e, para o seu lugar, foi eleito Carlos I, neto dos católicos Isabel e Fernando, reis de Espanha, vindo a ser coroado como Carlos V, imperador da Alemanha. Este convocou a Dieta do Concílio Supremo para a cidade de Worms, na primavera de 1521, intimando Lutero a comparecer a fim de responder por suas novas ideias. Ao ser advertido pelos amigos de que poderia ter a mesma sorte de Huss, no Concílio de Constança, em 1415, o reformador respondeu: “Irei a Worms ainda que me cerquem tantos demônios quantas são as telhas dos telhados”.
Aos 18 de Abril de 1521, Lutero compareceu na Dieta, presidida pelo imperador. Durante o interrogatório mostraram-lhe um montão de livros e perguntaram-lhe se os havia escrito. Depois de os haver examinado respondeu que sim e que havia outros que não estavam ali. Após longo interrogatório e perante o pedido que se retratasse e renegasse o que havia escrito, respondeu: “A não ser que eu seja convencido do erro pelo testemunho das Escrituras ou – visto que não dou valor à autoridade não provada do papa e dos concílios, por ser claro que muitas vezes eles erraram e frequentemente se contradisseram – por um raciocínio evidente, continuo convencido pelas Escrituras às quais apelei e minha consciência foi feita cativa pela Palavra de Deus, não posso e não quero retratar-me de qualquer coisa, pois agir contra a nossa consciência não é coisa segura nem permitida a nós. Esta é a minha posição. Não posso agir diversamente. Que Deus me ajude. Amén”. (Doc. Igreja Cristã, pg. 250).
Por fim, Lutero deixou a cidade em paz e regressou a Wittenberg sob escolta do imperador. Após a sua partida a assembleia publicou um decreto que proibia a leitura dos seus escritos, assim como a qualquer cidadão dar alojamento ao monge rebelde, mas que deviam prendê-lo enviá-lo às autoridades imperiais. Porém, no caminho foi assaltado por soldados do seu protetor Frederico que o conduziram para o Castelo de Wartzburg. Ali, permaneceu disfarçado e protegido, sob o nome de Cavaleiro George, porém, com algumas lutas internas, até mesmo com o diabo. Foi nesse período, de Maio de 1521 a Março de 1522, que traduziu o Novo Testamento para o alemão, o qual era levado para toda a parte por mercadores. A tradução do Antigo Testamento só foi completada alguns anos mais tarde, em 1534.
A Bíblia de Lutero tornou-se o monumento da literatura alemã. Escreveu muitos panfletos, assim como belos hinos, como “Castelo Forte”. Para instrução nas igrejas elaborou os Catecismos Maior e Menor. Também se interessou com a instrução do povo para que pudesse ler a Bíblia em alemão. Ele recomendou aos governantes a criação de escolas e recordou aos pais o dever de enviarem os filhos à escola. Interessou-se também pela educação secundária e universitária.
Enquanto esteve no exílio, Lutero contou com alguns colaboradores na continuação da Reforma em Wittenberg, sendo os mais destacados Melanchton e Calrstadt. Na sua ausência a Reforma tomou proporções que ele não imaginaria. Muitos monges e freiras abandonaram os conventos e casaram. Foram abolidas as missas pelos mortos. O culto foi simplificado e passaram a usar a língua do povo ao invés do latim. Os leigos começaram a receber os dois elementos da Santa Ceia, o pão e o vinho. Calrstadt ordenou a retirada das imagens das igrejas, provocando grande destruição nas obras de arte.
Entretanto, apareceram em Wittenberg três leigos de Zwickau que diziam ser profetas e vinham pregando reformas mais radicais. Afirmavam que o que importava não era o texto das Escrituras, mas sim a revelação presente do Espírito Santo. Deste modo, não precisavam da Bíblia para orientação. Ensinavam que o Reino de Deus apareceria brevemente e que os seguidores teriam revelações especiais. Perante este fato Filipe Melanchton não sabia o que fazer e pediu conselho a Lutero. Este entendeu que estava em jogo a pureza do evangelho e arriscou regressar à sua cidade universitária a fim de controlar a situação, avisando, para isso, o seu príncipe protector.

Militar Aposentado se Incomoda com os Badalos do Sino e move abaixo Assinado Contra a Comunidade Evangélica de Santo Ângelo


Uma antiga polêmica volta a polarizar as atenções dos fiéis da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Santo Ângelo, bem como moradores que residem nas proximidades da Igreja do Relógio, no centro da cidade. Tudo por causa de um abaixo-assinado que estaria sendo movido por um militar da reserva que se queixa do badalo do sino da torre construída há meio século e ponto de referência para consulta de horário por parte da população da Capital das Missões.Entretanto, os próprios moradores das proximidades desdenham a ação do militar do Exército aposentado. É o caso da dona-de-casa Emília Antunes, 65 anos. Residente na rua 15 de Novembro há cerca de 40 anos, ela garante que o badalar do sino nunca lhe incomodou durante todo esse tempo. Ao tecer comentários acerca do abaixo-assinado, Emília considera a iniciativa "um absurdo". No seu entender, "os incomodados devem então se retirar da cidade, porque a Igreja do Relógio faz parte inclusive da história de Santo Ângelo por ser uma obra de referência para toda a comunidade", opinou.Ela salientou que outros centros urbanos possuem torres iguais a esta da Igreja do Relógio e as comunidades destas localidades nunca se incomodaram com o barulho do sino.
"OS INCOMODADOS QUE SE RETIREM "

Fonte: Jornal tribuna.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

O Julgamento de Lutero



O papa tomou então outra decisão. Comissionou o cardeal Caetano, da ordem dominicana, que era o legado papal à dieta (assembléia) do império, para entrevistar Lutero e o obrigar a retratar-se sob pena de ser levado prisioneiro a Roma. Mesmo sabendo que João Huss, na Boémia, havia sido queimado em violação dum salvo-conduto, em 1415, o príncipe Frederico pediu ao imperador Maximiliano um salvo-conduto para Lutero comparecer perante o cardeal em segurança. Um ano após da afixação das teses, em Outubro de 1518, Lutero apresentou-se na dieta para responder por sua heresia. Essa entrevista não resultou porque o cardeal só intimava Lutero a retratar-se sem poder convencê-lo, pela Bíblia, do seu suposto erro. Perante a insistência do cardeal: “Retratas-te ou não?” Lutero respondia: “Não posso nem quero retratar-me de coisa alguma, pois ir contra a consciência não é justo nem seguro. Deus me ajude. Amén”.
Lutero encontrou apoio na sua Universidade e no soberano príncipe Frederico, o Sábio. No princípio o eleitor defendeu Lutero mais por questões de justiça do que pelas suas ideias; mas posteriormente foi convencido que o monge tinha razão. Além disso, ele não apreciava que os italianos se metessem nos assuntos dos alemães. Era o nacionalismo em despertamento.
Lutero encontrou, também, em Filipe Melanchton, um aliado valioso. Tinha ele 21 anos quando chegou a Wittenberg, em 1518, para ensinar grego na Universidade. Conhecedor das línguas clássicas e do hebraico, tornou-se o teólogo da Reforma, defendendo lealmente, com outros, as opiniões de Lutero. Todos eles reconheceram a Bíblia como a única autoridade em matéria de teologia, fé e moral.
O erudito Filipe Melanchton, companheiro de Lutero durante 30 anos, foi o autor do primeiro tratado teológico da Reforma, que saiu em 1521. Atingiu inúmeras edições durante a sua vida e fez dele o teólogo do Movimento Luterano.
Durante os primeiros meses de 1519 Lutero dedicou-se a estudar a história dos papas e encontrou bases para justificar a sua dúvida sobre a autoridade papal. O estudo da Bíblia convencera-o da justificação pela fé. O estudo do papado convenceu-o de que o papa não tinha recebido o direito de ser a cabeça de todas as igrejas.
Posteriormente, Lutero foi convencido para uma discussão pública com o brilhante orador e teólogo conservador John Eck, em Leipzig, no mês de Julho de 1519. Eck, com a sua argúcia, conseguiu levar Lutero a admitir a falibilidade de um concílio geral e a confessar a sua relutância em aceitar as decisões papais sem as questionar, assim como a admitir que “entre as crenças condenadas de John Huss e seus discípulos existem muitas que são verdadeiramente cristãs e evangélicas e que a Igreja Católica não pode condenar”. Esta parcial identificação com as doutrinas hussitas alegrou Eck com uma possível vitória sobre Lutero. Seria o princípio do fim para ele. Mais tarde, em Fevereiro de 1520, escreveu ironicamente num dos seus panfletos: “Somos todos hussitas sem o saber. São Paulo e Santo Agostinho são hussitas”.
Em 1520, Lutero resolveu publicar três panfletos a fim de levar o assunto ao conhecimento do povo alemão. Em “Apelo à Nobreza germânica” atingira a hierarquia romana, demolindo, à luz das Escrituras, os argumentos papais de que a autoridade espiritual era superior à temporal, de que somente o papa poderia interpretar as Escrituras, e que somente ele poderia convocar um concílio. Para Lutero, os príncipes poderiam, caso fosse necessário, reformar a Igreja, o papa não deveria interferir nos assuntos civis, e os crentes tinham o direito de eleger os seus sacerdotes. Em “O Cativeiro Babilónico” desafiou o sistema sacramental romanista limitando a três os sacramentos válidos, Batismo, Santa Ceia e Penitência, ou confissão privada. No terceiro panfleto, “Sobre a liberdade do Homem Cristão” atingiu a teologia romana ao reconhecer o sacerdócio de todos os cristãos como resultado da sua fé em Cristo.
Após longas controvérsias sobre os ensinamentos e publicações, Lutero foi, finalmente, excomungado por bula do papa Leão X, em Junho de 1520. Entretanto, as suas publicações alimentaram as chamas duma fogueira em Colónia. A dita bula foi recebida como um desafio e classificada como “bula execrável do anticristo”. Como resposta, aos 10 de Dezembro, perante uma assistência de professores, estudantes e povo, Lutero queimou a bula juntamente com cópias do Direito Canónico e outros decretos papais. Este ato marcava a renúncia definitiva de Lutero à Igreja Romana.

As teses de Lutero eram 95, aqui coloco alguns exemplos de teses de Lutero


“Deve ensinar-se aos cristãos que – a não ser que haja grande abundância de bens – são obrigados a guardar o que é necessário para seus próprios lares e de modo algum gastar seus bens na compra de perdões” (46).
“Deve ensinar-se aos cristãos que o papa – como é do seu dever – desejaria dar os seus próprios bens aos pobres homens de quem certos vendedores de perdões extorquem o dinheiro; que para este fim ele venderia – se fosse possível – a Basílica de S. Pedro” (51) .
“São inimigos de Cristo e do povo os que em razão da pregação das indulgências exigem que a Palavra de Deus seja silenciada em outras igrejas” (53).
“Os tesouros do Evangelho são redes com que desde a antiguidade se pescam homens de bens” (65).
“Os tesouros das indulgências são redes com que agora se pescam os bens dos homens” (66).
“Por que o papa não esvazia o purgatório por um santíssimo acto de amor e das grandes necessidades das almas; isto não seria a mais justa das causas visto que ele resgata um número infinito de almas por causa do sórdido dinheiro dado para edificação de uma basílica que é uma causa bem trivial?” (82).
Lutero enviou uma cópia das teses, juntamente com uma carta muito respeitosa, ao tal arcebispo Alberto de Brandeburgo. Este, sentindo-se prejudicado, enviou o correio para Roma, ao papa Leão X, com o pedido de intervenção. O imperador Maximiliano também ficou irado com as atitudes de Lutero e pediu a intervenção do papa. Este, por sua vez, enviou a questão à congregação dos agostinhos em Heidelberg e Lutero foi convocado a comparecer perante o principal da Ordem. Temendo por sua vida, dirigiu-se para lá e qual não foi o seu espanto quando soube que muitos dos monges eram favoráveis à sua doutrina. Lutero regressou a Wittenberg
fortalecido com o apoio da sua Ordem.

Reforma Luterana um Pouco de História


Lutero nasceu em 1483, em Eisleben, na Alemanha, onde seu pai trabalhava nas minas. Os rigores do lar paterno, uma tempestade em que sentiu temor da morte e do inferno, e o desejo de salvação contribuíram muito para que em Julho de 1505 ele ingressasse no mosteiro dos agostinhos em Erfurt. Lutero tinha um profundo sentimento de pecado e percebia que era mais poderoso do que ele. Por isso, Ele se esforçou bastante a fim de se tornar um monge exemplar. Frequentemente comparecia no confessionário, mas a sua paz e tranquilidade eram irreais. Ele temia até omitir alguns pecados na sua confissão. Por isso, a sua busca por salvação era constante.
Em 1508 foi nomeado para ensinar teologia na Universidade de Wittenberg, fundada pelo eleitor Frederico. Isso obrigava-o a examinar a Bíblia, cujos estudos avivaram a sua luta interior. Encontrou, porém, ajuda nos conselhos do vigário geral da Ordem, Staupitz. No inverno de 1510 e 1511 foi enviado a Roma como delegado da sua ordem. Ali viu o luxo, a luxúria e a corrupção dos clérigos, e começou a compreender a necessidade de uma reforma na Igreja.
Em 1511, Lutero foi transferido para Wittenberg e nomeado professor das Escrituras. Para melhor cumprir a sua missão estudou as línguas originais da Bíblia. Em 1512 obteve o seu doutoramento em teologia. Enquanto estudava a Epístola aos Romanos, a leitura do verso dezessete, do capítulo um, iluminou a sua mente e ficou convencido que somente pela fé em Cristo era possível ser justificado. A descoberta foi um alívio para ele e, a partir daí, a doutrina de “só Escritura, só Graça, só Fé” passou a ser a base do seu sistema teológico. Aos poucos foi convencendo os colegas da Universidade da sua descoberta, dos quais recebeu amplo apoio.
No ano de 1517, Tetzel, monge dominicano, foi incumbido de proclamar e vender as indulgências. Eram documentos assinados pelo papa (bulas) concedendo privilégios espirituais a quem os adquirisse. Lutero e os seus amigos, na Universidade, revoltaram-se contra aquela exploração do povo, uma vez que a salvação é resultado da graça de Deus. Assim, elaborou um documento de 95 Teses, em latim, e a 31 de Outubro de 1517 foi cravá-lo na porta da Catedral do Castelo de Wittenberg com um desafio para um debate público sobre as indulgências. Ele queria levar a Igreja a uma reforma sem provocar rebelião. Porém, no dia determinado somente os catedráticos universitários compareceram para a conferência. Traduzidas para o alemão, as Teses foram impressas na nova prensa e enviadas por toda a parte disseminando as ideias luteranas. Tinha o reformador, nesta época, 34 anos. Portanto, à semelhança de Jesus e dos apóstolos, bastante jovem para tamanha tarefa.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Sem Sinal de banda larga

Amigos infelizmente, estou sem sinal de banda larga. Logo que o sinal normalizar voltarei a postar. Creio que no máximo até quarta-feira estará tudo certo.
Um abraço ao Sandro da Paróquia Alto Jacuí pelo recado carinhoso que postou no mural.
Valeu.
Bom inicío de Semana.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Jovens se Preparam para a Confirmação em Esquina Konrad

Os jovens de Esquina Konrad juntamente com os seus pais decidiram transferir o culto de confirmação marcado para o dia 16 de novembro de 2008 para o dia 14 de dezembro de 2008, Às 9:30. Os jovens estão preparados, a celebração já está organizada. O grupo de violeiros está ensaiando os hinos e os pais estão preparando a festa. Este é um momento muito importante para a família dos confirmandos e para a própria comunidade.

Suplência de Vagas na Paróquia

A Paróquia Evangélica de Confissão Luterana Missões em Santo Ângelo repensa a suplência na publicação das vagas e conclui que o melhor seria um casal de pastores. Levando em conta a própria orientação do pastor Renato Küntzer e também a orientação do Departamento de Pessoal da IECLB. Um casal teria provavelmente condições de refletir em conjunto e planejar o trabalho pastoral, levando em conta que a Paróquia precisa de união e harmonia no seu conjunto para o bom desempenho da missão de Deus. Que o Espírito Santo seja o nosso guia nesta tarefa de escolher o melhor pra Paróquia contentando a todos, ou a maioria.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

MIssão



Símbolos fazem parte do mundo e do nosso dia-a-dia. Não só palavras são símbolos. Também imagens, desenhos, objetos, todos comunicam valores e mensagens. Assim, basta olharmos para certos sinais já sabemos o que significam, porque falam sem usar palavras.
Esta escultura nos mostra um mundo em movimento. O que vemos? – crianças na sua alegria e simplicidade, juntando-se às suas famílias e comunidade. Pais e padrinhos, madrinhas, próximos a Pia Batismal, levando seus pequeninos para receberem a benção batismal.
Foi assim, que esta escultura se completou. Vários símbolos estão presentes, porém, dando ênfase ao Projeto Missão Criança, Família e Inclusão.
O mundo é lindo demais. Deus sempre se preocupou com a maravilhosa criação. Tudo que nasce, cresce, precisa de cuidados. Este mundo, certamente ficou mais bonito, mais alegre com as crianças...pois essas, certamente vão tornar o mundo melhor, porém, depende de como as encaminhamos.
Nesta escultura vemos muitas formas, vejamos:
MÃOS: que se sobressaem junto à água da Vida, isso nos transmite segurança e aconchego. No Salmo 139.5, lemos: “Tu nos cercas por trás e por diante e sobre mim pões a mão”.
Nossa vida, nosso corpo e nossa alma estão amparadas. Sim, a Mão de Deus caracteriza o poder Criador, nos concede força benção e felicidade.
ÁGUA: a água é um elemento de transformação. Água é Vida, por isso, ela é sagrada. Nascemos na vida da Igreja pelas águas do batismo. Essa benção é a base de tudo, o começo do ser Cristão.
A PIA BATISMAL: a Pia está centralizada, se destaca, porque é o marco da caminhada e fé de cada cristão. É nela que todos (as) deveriam continuar se apoiando para uma vida realmente cheia de graça.
Em segundo plano vemos um ato de batismo, onde pais e padrinhos se unem à comunidade, para receberem um novo membro-Corpo de Cristo. A criança é levada à Pia para receber a devida benção em nome do Pai, Filho e Espírito Santo.
CRIANÇAS – UMA BENÇÃO: Proclamar a reconciliação para as crianças, é chamá-las para o convívio junto a Comunidade. Considerando que as crianças são parte do corpo de Cristo, parece óbvio que elas também estejam presentes no encontro da comunidade. Porém, nem sempre vem a ser uma prática regular. Por quê?
O Culto Infantil é um Departamento que existe para as crianças se entrosarem. As orientadoras as acolhem, orientando-as no caminho da fé, da confiança, do amor.
MISSÃO CRIANÇA: este projeto quer dar continuidade para acompanhar as crianças até o seu 10° aniversario de Batismo.
A Educação Cristã é um dos pilares da Igreja. É compromisso assumido pelos pais, padrinhos e Comunidade no dia do Batismo, que deve se estender ao longo da vida da pessoa batizada. Esse projeto se abre para isso, uma sublime tarefa de educar e acompanhar a criança.
FAMÍLIA: É uma dádiva de Deus. É um bem precioso. Sim, porque a criança que vive afeição, estímulo e verdade, aprende a amar, a confiar, a ser justa. Se convive com generosidade, saber, paciência, felicidade, aprende a repartir e conhecerá o AMOR e a beleza de tudo em sua volta.
É na família que nos abastecemos para iniciar um novo dia. Sabemos, que hoje, é comum famílias carregarem pesados fardos, convivem com problemas, preocupações, separações e assim por diante. Muitas soluções poderiam ser buscadas para um maior diálogo, porém, nem sempre, isso acontece. É na família que os pequininos começam a adquirir seus hábitos e valores. Com sua família, na sociedade, consigo mesmas e com Deus. Isso é maravilhoso, porque o Senhor é bondoso para aqueles que o temem.
Reflexões:
Receber a benção das Mãos carinhosas de Deus é um privilegio.
Esse amor é qual Água que jorra sobre nós, que nos refresca, que sacia a sede, que nos rejuvenesce. Sua paz é a cachoeira que nos banha e purifica.
A Simbologia do Batismo é inesperável daquela água. Somos de Deus, desde o nosso batismo. Será que lembramos que fomos batizados?
Cada pessoa batizada tem o seu espaço na Comunidade e precisa ser respeitada em sua capacidade de compreensão e a ela deve ser anunciada a mensagem salvífica de Deus.
É preciso viver, sonhar, acreditar e a cada dia, renovar os propósitos, os sonhos e a alegria de viver, pois o sorriso de uma criança é o eterno e permanente sorriso de Deus.
Sejamos, portanto, crianças – uma benção. A criança que encontra em Jesus um amigo saberá ser amiga das pessoas e da natureza em si.
- Que lugar que a criança ocupa na Igreja?
INCLUSÃO: Jesus é o defensor das pessoas mais fracas e abandonadas, doentes e quer inclusão dessas. A Borboleta é o símbolo de Diaconia da IECLB. Nosso Sínodo vem abraçando essa causa, com o propósito de aprendermos o amor diaconal para com o nosso próximo. Essas pessoas especiais entre outros que Deus coloca na nossa vida têm sentimentos e necessidades, tem afetos e sonhos. Precisam espaço e inclusão.
Nessa escultura vemos, em primeiro plano, uma comunidade reunida. Quando se fala em comunidade, se lembra dos membros de cada Paróquia. Cada qual poderá contribuir com seu próprio jeito de ser, porém quando unidos e abraçados terão mais força, mais idéias.
Deus conhece a cada um de nós e sempre de novo nos chama pelo nome para colaborar no trabalho voluntário, com dignidade, para que esses projetos possam fluir e jorrar água boa.
Vamos todos caminhar juntos, crianças, jovens, famílias, incluindo todas as pessoas sem distinção de cor, raça, deficiência, idade, para a alegria de Ser e Viver. Este, certamente, é o desejo de Deus.
O Salmo 37.5, nos ajuda a confiarmos quando diz: “Ponha sua vida nas Mãos do Senhor, confie Nele e Ele o ajudará”.
Para encerrar, lembrei duma canção para desfecho desta minha análise: “Vejam que belo, quando o Senhor derrama sobre nós a sua graça”.
Iris Schulz Wendland –Coordenadora do Departamento do CultoInfantil - Três de Maio – RSArtista Plástica e autora deste texto.

Bodas de Ouro

A celebração de bodas é dia 25/10/2008, às 20h no templo da comunidade de Santo Ângelo.
Albino e Ana Krawczak

Deus tem as suas razões que a própria razão muitas vezes desconhece. Nós não sabemos quais são os desígnios de Deus, mas vivemos sobre a sua orientação. Desígnio este que Albino e Ana também não conheciam quanto se encontraram naquele batismo. Os dois eram padrinhos da mesma criança. E ali, pela primeira vez, eles se olham de maneira diferente, se olham com os olhos poéticos do amor. Deus havia escolhido um para o outro. Eles namoraram durante um ano. O namoro era sério. O pai do Albino orientou para que ele se casasse com esta moça. E para Albino isto não era nenhum sacrifício pois ele gostava muito de Ana. E ela com toda a certeza amava aquele rapaz. E a decisão do casamento veio e eles assumiram perante a Igreja e a sociedade no dia 25/10/1958 Eles enfrentaram muitas dificuldades no inicio da vida matrimonial, os ajustes, as adequações. Mas são vencedores. Depois vieram as filhas, 3 filhas: Marli, Neidi e Márcia. Marli casou-se com o Jaime e tem dois filhos: Jaime de Oliveira Junior e o Jean Roger de Oliverira. Neidi casou-se com o Valmir e a Márcia. Albino e Ana sempre tiveram as filhas por perto, eles trabalhavam juntos. Eles passaram muitos e bons ensinamentos as filhas, muito zelo, educação e principalmente os valores morais. Albino e Ana com certeza sempre foram e continuam sendo espelhos para os seus filhos. Eles são membros muito ativos na comunidade e procuram se fortalecer na fé através das palavras de Jesus. Deus marcou um para o outro e juntos eles se complementam e se completam.
É esta a história extremamente resumida da vida do casal Krawczak que não foram só rosas, os espinhos também estiveram presentes, em algumas etapas de suas vidas, mas graças ao bom Deus. Em quem sempre depositaram toda a confiança. Hoje estão comemorando os seus 50 anos de união conjugal, juntamente com toda a sua família reunida, que é para eles a maior alegria e satisfação, a maior graça que o bom Deus lhes poderia dar, e por este motivo que é para ambos uma benção. Eles agradecem a Deus diariamente ao bondoso Pai das alturas que continue abençoando a sua família até o fim de suas vidas. Em nome de Jesus. Amém

Igreja na Alemanha


Dias atrás, passando em frente a uma das igrejas luteranas existentes aqui em Göttingen (Alemanha), pude observar que a mesma estava em processo de reforma. Tal fato me fez refletir um pouco sobre a visão de igreja, o ser comunidade aqui na Alemanha. Na minha concepção, os luteranos daqui não fazem a mínima idéia do que é "ser comunidade", ou ao menos, possuem uma visão totalmente diferente da nossa, em vistas de IECLB. Trago essa indagação, uma vez que a Evangelische Kirche in Deutschland (EKD) - Igreja Evangélica na Alemanha - sendo Igreja dependente do Estado, por qualquer motivo se dirige à prefeitura da cidade, até mesmo a fim de solicitar a reforma de um templo. Se uma Igreja, um templo no Brasil precisasse de reparos, com certeza a atitude a ser tomada seria de os próprios membros que dela fazem parte colocar a "mão na massa", ou seja, os mesmos iriam promover a reformam os reparos no templo. Nesse sentido, pode-se dizer que ali realmente há comunidade, união entre os membros. Não que seja somente esta uma das formas de se afirmar isso, mas tal atitude dos membros não deixa de ser uma tendência de agir de uma comunidade. Promover o bem-estar de todos é um jeito de "ser comunidade." Algo que também tem me chamado muito a atenção é o fato de as pessoas só vão a igreja, "contemplam" a pregação do pastor, pagam a contribuição em dia ao Estado e... por aí fica. O resto fica por conta do Estado, mais precisamente, por conta da prefeitura da cidade. Além disso, grupos de qualquer tipo que existem em nossas comunidades no Brasil, como JE, OASE, Grupo de Casais Reencontristas, entre outros, até o momento não posso confirmar que existam por aqui. Literalmente não há envolvimento das pessoas na sua comunidade de origem. Talvez essa falta de "ser" realmente comunidade, assim como somos no Brasil, esteja fazendo falta para as Igrejas Luteranas da Alemanha. Tendo em vista tudo isso, não me assusta em nada o fato de que a EKD - Igreja Evangélica da Alemanha - esteja em decadência, se "afundando" cada vez mais... Nesses momentos me sinto feliz em ser luterana, por fazer parte de uma "comunidade" da IECLB!!
Por Denise Koch

sábado, 18 de outubro de 2008

Publicação de vagas na Paróquia Missões

O Conselho Paroquial reunido no dia 17 de outubro de 2008 em Vitórias das Missões, às 19 h, fez uma avaliação do trabalho na Paróquia Missões em Santo Ângelo e constatou que foi um bom trabalho. Esta preocupação em resgatar as pessoas afastadas através da visita e da presença constante nas comunidades do interior foi avaliada como positiva e de bons resultados. Nesta ocasião o Conselho Paroquial elaborou o perfil dos obreiros para a Paróquia. Reflexão esta que publico na integra aos visitantes do blog.


De acordo com o planejamento feito pelo campo de serviço ministerial, são as seguintes as áreas de atuação que devem receber prioridade por parte do obreiro ou obreira a ser eleito:
Animado/a disposto/a a enfrentar o desafio de servir ao Senhor em uma Paróquia composta de contexto urbano e rural. Capacidade de diálogo; relacionamento ecumênico; trabalho em equipe com os presbitérios e com o/a colega. Demonstrando habilidade na área da visitação. Disposto/a a trabalhar com os diferentes setores: OASE, casais reencontristas, pastoral da família, JE, estudo bíblicos, ensino confirmatório, terceira idade, sala de costura, grupos de cantos e instrumental, culto infantil. Acompanhar e motivar a formação de lideranças.
O campo de serviço ministerial coloca as seguintes expectativas em relação ao perfil do obreiro ou obreira a ser eleito:
Habilidade em algum instrumento musical. Experiência e motivação para trabalhar com jovens; que seja motivador/a, que seja aglutinador/a, conciliador/a, ético/a, comunicativo/a, tenha habilidade para administrar relações interpessoais. Bom pregador/a e identificado com a confessionalidade luterana.
O campo de serviço ministerial concorda que o prazo para as inscrições de candidatos e candidatas seja de no mínimo 30 dias a partir da data em que esta correspondência der entrada na Secretaria Geral. Propõe que o obreiro ou obreira a ser eleito inicie suas atividades a partir de 2 de janeiro de 2009.
Os candidatos/as deverão apresentar currículum até dia 25/11_/2008 para o seguinte Santo Ângelo 18 de outubrode 2008

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Suécos em Santo Ângelo



Na quinta feira, dia 16 de outubro de 2008, recebemos em Santo Ângelo um grupo que veio da Suécia para encontrar aqui em Santo Ângelo outros suécos que residem por aqui e também em Guarani e Ijui. Na ocasião foram recepcionados no centro de cultura da nossa cidade, ouvindo o coral municipal que brindou o grupo com cânticos sacros e populares da nossa cultura. Logo após foi servido uma café com tortas e pastéis. O grupo é animado, eles gostam de cantar e conversar. Aqui de Santo Ângelo Dona Vitória Borhz fez uma saudação na língua suéca. Pela simplicidade os nossos visitantes encantaram as pessoas que estiveram no centro de cultura. O cônsul suéco de Oberá Missiones Argentina Leonardo Anderson e a Esposa Noemi Anderson Marcaram presença no evento.

O Coral Municipal de Santo Ângelo


Pastor da Suécia aposentado


Pastor Sven Arne Flodell na foto com Astrid Schneider

Esposa Gunvor Flodell

Embaixadora da Suécia em Brasilia


Annica Markovic e esposo Drasko Marcokovic

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Reunião do Conselho Paroquial

O Senhor Presidente da Paróquia Evangélica de Confissão luterana Missões em Santo Ângelo convida o Conselho Paroquial para uma reunião extraordinária a ser realizada no dia 17 de outubro de 2009, em Vitória das Missões, às 19h. A reunião terá como pauta os seguintes itens:
1) Avaliação do trabalho em dois setores na Paróquia: Cidade de Santo Ângelo e as outras cidades.
2) Elaboração do perfil dos obreiros que ocuparão os pastorados vagos na paróquia.
Rubens Luiz Schneider
Presidente da Paróquia

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O Vazio que Não Pode Ser Preenchido



Jesus Cristo nos diz: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Quem vem a mim terá a vida eterna.

O cuidado com os entes queridos que já partiram para junto de Deus, é algo universal e antropológico. Todos os povos e culturas têm o seu tempo para cuidar dos seus mortos. É algo estritamente humano a dor da perda, a saudade e o luto. Contudo, a partir da nossa confessionalidade Luterana, não podemos cultuar os mortos. A vida continua a pessoa morreu, não voltará por mais que tentamos traze-la de volta. Isto, não quer dizer que necessitamos esquecer, ou abandonar a sepultura. Logicamente que não. Também porque não é possível. Pois a morte sempre nos deixa em crise.
Ela é um choque! A morte sempre nos pega desprevenidos. Mesmo quando ela é certa, nunca se torna esperada e tranqüila. De repente, tudo fica diferente. Aparecem dúvidas, os porquês? O pensamento se torna confuso. Não se sabe o que pensar? O que fazer? Tentamos não acreditar, mas não adianta. É inevitável a morte nos atinge, nos desorienta e nos abala. Revela o quanto somos indefesos e impotentes.
Ela é tão terrível porque age independente de nossa vontade e querer. Leva alguém querido, amado sem a nossa autorização, consentimento, e muitas vezes sem nos despedirmos. Assim, leva um pedaço da gente junto, e por isso, nos sentimos tão mal. Mesmo sabendo que a morte é uma etapa da vida, que todos que nascem morrem, que é um das poucas certezas que temos no transcurso de nossa vida. Ela nos machuca e castiga, deixando marcas e saudades. Seria estranho, se não sofrêssemos, se não sentíssemos saudades, pois isso significaria que nossa vida foi vazia, sem pessoas especiais, importantes e amigas.
Preparados ou não, tendo a companhia de amigos, da comunidade de fé ou não, o nosso viver está sujeito a vida e morte, alegria e tristeza, companhia e solidão, amor e desavenças, acertos e erros, vitórias e derrotas, saúde e doenças. Geralmente nos momentos felizes, alegres vamos tocando a vida do jeito que dá. Tudo está bem. Desta maneira, muitas vezes, achamos que o nosso destino, a nossa vida depende simplesmente de nós, do nosso querer e fazer. A vida está em nossas mãos. Porém, quando as coisas não vão bem, quando somos afligidos por doenças, por crises, percebemos que a nossa vida não está em nossas mãos. E daí o que fazer para não cair no desespero. O que fazer para ter forças para vencer os momentos difíceis? A única coisa que pode nos ajudar é a esperança. Ter fé, ânimo e paciência (ciência da paz) para suportar a crise, a dificuldade e então sair fortificado. Entoar aquela bela canção que diz: Segura na mão de Deus e vai!
Um ótimo exemplo de esperança são os ipês. Que no rigor do inverno perdem todas as folhas e flores parecendo que estão mortos, sem força. Entrementes, eles nos encantam no romper da primavera despontando floridos, antes da brotação das folhas. Seu florescer destaca-se entre a secura das árvores e dos campos. Ter esperança para lidar com as dificuldades é sentir-se abraçado por Deus. Saber que nossa vida não depende de nós, e que quando as nossas forças fraquejarem Deus estenderá suas mão para nos acolher e consolar.
Necessitamos buscar força para tocar a vida em frente, levando as lembranças, os bons momentos das pessoas que partiram, e sobre tudo a esperança de que em Jesus Cristo todos e todas temos um lugar junto a Deus. A vida vem de Deus e volta para Deus. Esta deveria ser a nossa esperança que consola que faz tocar a vida em frente como nos fala a canção de Renato Teixeira:
“Ando de vagar porque já tive pressa e levo esse sorriso, porque já chorei demais. Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe só levo a certeza que muito pouco eu sei, eu nada sei. Sinto que seguir a vida seja simplesmente conhecer a marcha e ir tocando em frente.Como um velho boiadeiro levando a boiada eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou, estrada eu sou. Tomo mundo ama um dia, todo mundo chora, um dia a gente chega no outro vai embora. Cada um de nós compõe a sua própria história, e cada ser em si, carrega o dom de ser capaz, de ser feliz.Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maças. É preciso o amor pra poder pulsar. É preciso paz pra poder sorrir, É preciso a chuva para florir.”
Amados e amadas a dor, o luto, a falta de sentido diante da morte é tudo normal, mas a vida continua. E necessitamos apreender a viver superando a dor da morte. Assim, o dia de finados não é um dia de culto aos mortos, mas de lembrarmos da vida. A sepultura é um símbolo, um ponto de referência, para amenizar a perda. Ainda sobrou algo. Mas, o que será que sobrou na sepultura. Logicamente que nada. Ali estão somente os restos mortais. O que sobrou foram as lembranças, os momentos vividos. E estes necessitam ser lembrados.
Acredito que se trabalhamos a saudade, ao invés da sepultura, o finados seria bem mais consolador, para nossas vidas.
Todo o sentido de disfarçar, mascarar, ou eliminar a morte é ilusório. A pessoa não voltará, a nossa vida não voltará a ser a mesma. Mesmo que vamos ao espiritismo, no hinduismo, nas religiões que acreditam fazer contado com os mortos. O certo é que estes esforços apenas nos anestesiam, mas não nos consolam. O espaço vazio continuará... E só pode ser preenchido com a esperança e a paz de Deus que nos espera no reino de vida abundante.

“Amado Deus, ensina-nos a conviver com esta realidade que estraçalha os nossos corações e vidas, que é a morte. Morte de conhecidos, amigos e familiares. Dá-nos a tua esperança, para encontramos consolo e poder continuar andando nos teus caminhos. Que a ressurreição de Jesus possa nos confortar de que todos e todas temos um lugar junto a Deus, e assim um reencontro no teu amor. Amém.”

Olmiro Ribeiro Junior
São Borja


Noticia Breve

Santo Ângelo, 15 de outubro de 2008


Carta de Transferência

Através deste e-mail, eu, pastor Claudio Luiz De Marchi, habilitado pelo Conselho da Igreja CH 0362, dou conhecimento a Paróquia Evangélica de Confissão Luterana Missões em Santo Ângelo, ao Sínodo Noroeste Rio-Grandense, bem como ao Sinodo Planalto Rio-Grandense e a Secretaria Geral da IECLB que fui eleito para o pastorado vago na Paróquia Evangélica de Confissão Luterana Alto Jacuí em Victor Graeff, conforme email anexo recebido do presbitério da Paróquia reunido no dia 11 de outubro de 2008.
Para tanto, informo que estarei nos próximos 90 dias em Santo Ângelo conforme o regulamento do EMO, artigo 59, parágrafo único. A saída de Santo Ângelo será no dia 15 de janeiro de 2009. Data esta em que entro em férias, e assumindo as atividades na Paróquia de Victor Graeff no dia 15 de fevereiro de 2009.
Agradeço a Paróquia de Santo Ângelo que nos acolheu com carinho desde o ano 2000 e cuidou de nós até aqui. Neste tempo de quase 9 anos servindo a Jesus e a IECLB eu só tenho momentos bonitos a lembrar. Sentiremos saudades . Deus nos chama para serví-lo em uma nova Paróquia. Estamos prontos e dispostos. Desde já eu e minha família agradecemos o carinho e a atenção com que o presbitério de Victor Graeff está nos recebendo.

Atenciosamente
Claudio Luiz De Marchi

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Agenda do Sínodo Noroeste

OUTUBRO:
01 – CO IERP – IELU – IECLB no Seminário da Sagrada Família em Santo Ângelo
03 – 19:30 - Reunião da Diretoria do Sínodo em Três de Maio
04 – 09:00 – Reunião Conselho Sinodal Educação Cristã Contínua em Três de Maio
15 a 19 – Concílio Geral da Igreja em Estrela/RS
18 – 14:00 – Seminário da Legião Evangélica em Horizontina
18 – 14:00 – Reunião Conselho Sinodal Culto Infantil em Três de Maio
25 – 09:00 – Seminário Programa Educação Cristã Contínua em Giruá
28 – 09:00 – Seminário de Avaliação e Planejamento – Coordenadoras Paroquiais da OASE em Santa Rosa


NOVEMBRO:
04 – 19:30 – Reunião Conselho Setorial CTBY em Chiapetta
07 – 19:30 - Reunião da Diretoria do Sínodo
07 e 08 – Exame Pró Ministério – São Leopoldo
11 – 09:00 - CO Sinodal em São Borja
15 – 19:30hs - Reunião Festiva Coordenação Pastoral da Família em Salto Yucumã
21 e 22 – Reunião Extraordinária do Conselho da Igreja São Leopoldo – Casa Matriz

DEZEMBRO:
01 – Reunião da Comissão de Designação e Envio
02 – 20:00 – Reunião Parceria em Vila Manchinha
06 – 09:00 - Conselho Sinodal em Dr. Maurício Cardoso
09 – 09:00 – CO Festiva (local a definir)

Reunião do Conselho Paroquial Em Vitória das Missões

A Paróquia de Santo Ângelo na pessoa do senhor presidente Luiz Rubens Schneider convoca os membros do Conselho Paroquial para uma reunião extraordinária no dia 17 de outubro de 2008, às 19 horas nas dependências da Comunidade de Vitória das Missões. O Assunto é a avaliação do trabalho paroquial e a criação de um perfil para a vaga pastoral criada pela saída da pastora Márcia Blasi.

Comunidade São Paulo Celebrou 90 anos

90 ANOS DE COMUNIDADE
Mais um evento da Programação alusiva aos 90 anos da Comunidade Evangélica São Paulo de Três de Maio, aconteceu dia 24/08/2008 junto ao Centro Comunitário São Paulo e contou com a seguinte programação:
A COMUNIDADE SÃO PAULO E A INCLUSÃO
- PALESTRANTE: Sharlene Leber
- Teóloga e Coordenadora dos Trabalhos na área da Inclusão e Deficiência da Secretaria Geral da IECLB.
9:00 – Início da Celebração.
Palestra: IECLB e a Inclusão.
12:00 – Almoço.
13:30 – Momento Cultural.
14:00 – Praça Inclusiva
16:00 – Encerramento da celebração
Ao longo dos anos a IECLB, tem trabalhado pela inclusão comunitária e social das pessoas excluídas. Sendo assim, nós da Comunidade São Paulo incluímos em nossas festividades de 90 anos as Pessoas com Necessidades Especiais.
Fizemos uma parceria com a APAE. Foi lindo conviver, Membros da Comunidade e Família Apaiana. Desde a recepção, celebração, palestra, apresentações culturais, praça inclusiva e o encerramento, proporcionaram momentos de reflexão e grande aprendizado.
Poder receber e confraternizar com mais de 500 pessoas oferecendo reflexão, lazer e comunhão com as pessoas com deficiência, nos fez compreender ainda mais a importância da inserção de todas as pessoas na vida da comunidade.
Nossa programação não visou lucro financeiro, porém, essa caminhada permitiu crescimento, aprendizagem de amor e serviço que podem melhorar a qualidade de vida de toda a comunidade. Saímos cansados fisicamente, porém, fortalecidos em nosso jeito de ser Igreja. Somos diferentes no jeito de ser, de fazer e pensar, mas ficou a certeza de que todas as pessoas dependem umas das outras. Ficou a lição de que é na convivência com as pessoas, aprendendo a lidar com nossas diferenças e limites, que seremos mais tolerantes, criativos e inclusivos.
Nossa gratidão a Deus pelo envolvimento de todas as pessoas e grupos que nos auxiliaram para o sucesso do evento.
Que o bondoso Deus, em Sua Graça, continue nos orientando e nos abençoando, para que iniciativas assim sempre possam acontecer, para a grandeza de Seu Nome, de nossa Igreja e de nossa Comunidade.

Ivone Bado Streicher
Presidenta da Comunidade Evang. São Paulo

A Octobertanzfest em Esquina konrad




No dia 12 de outubro de 2008, ocorreu em Esquina konrad a festa de outubro. Ela teve inicio às 9:30 com o culto festivo, animado pelo grupo instrumental de violões, composto por 11 jovens que estão aprendendo a tocar violão. Os hinos estavam animados. Ao meio dia a festa prosseguiu com muito chopp, churrasco, saladas e cucas. A comunidade se preparou, trabalhou durante uma semana, preparando tudo para este momento. A tarde duas bandas animaram a festa. Parabéns a diretoria da comunidade e parabéns a comunidade de Esquina Konrad.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Notícia Breve


Pastor Vilmar Abentroth e pastora Anelise lengler Abentroth estão se transferindo de Horizontina para Marecham Cândido Rondom. Eles estão em Horizontina há 11 anos, chegaram em agosto de 1997. Eles vão iniciar o trabalho em Marechal Cândido Rondon no Paraná no dia 1 de dezembro de 2008. Eles foram desafiados por muitos convites de colegas e lideranças e também pela direção da IECLB. Eles crêem que a experiência que possuem pelo tempo de ministério pode ajudar aquela Paróquia e também se sentem chamado por Deus para esta missão
.

Notícia Breve


Pastor Edu Grenzel e família está se transferindo da Paróquia São Tomé de Porto Lucena para a Nova Paróquia Gustavo Adolfo de Santa Rosa. Ele está em Porto Lucena há 4 anos. Ele vai iniciar o trabalho em Santa Rosa no dia 26 novembro de 2008. O pastor Edu conhece as dificuldades e se sente desafiado nesta missão que Deus lhe concede. Está animado e confiante na força de Deus para este novo ministério.

Mensagem do Pastor Sinodal

Nestes últimos dias tivemos momentos importantes no âmbito da Igreja e da política. No âmbito da Igreja tivemos a nossa XI Assembléia Sinodal. Novamente foi uma ocasião especial para avaliações e planejamento na vida do Sínodo Noroeste Riograndense. Sempre encontramos na Assembléia uma motivação à caminhada e saímos cientes de que somos um corpo com vários membros, cumprindo diferentes funções, mas todos a serviço de Nosso Senhor Jesus Cristo. No âmbito da sociedade exercemos a nossa cidadania, elegendo em nossos municípios nossos futuros prefeitos e vereadores. Apesar de todas as informações e campanhas de esclarecimentos ainda se registram atitudes nocivas à democracia como a compra de votos e candidaturas vitoriosas que almejam apenas benefícios pessoais.
O mês de outubro é para nós, evangélicos luteranos, um período significativo no calendário da Igreja. Dia 31 de outubro celebramos em nossas comunidades o Dia da Reforma Luterana. A Reforma do século XVI promovida por Lutero não procurou pela separação de uma parte da Igreja, mas desejava, por meio da redescoberta do Evangelho, promover a renovação da cristandade toda. A partir de sua luta particular por um Deus misericordioso, Lutero encontra na palavra do Apóstolo Paulo “viverá aquele que, por meio da fé, é aceito por Deus” (Romanos 1.17) ), a chave para a libertação dos cristãos do cativeiro promovido pelas autoridades da Igreja. Com a afirmação de que todos dependemos da graça de Deus, o cristão torna-se senhor livre sobre todas as coisas e não está sujeito a ninguém pela fé. Este é o benefício que nos é presenteado pelo Deus misericordioso. Não necessitamos mais viver da constante necessidade moderna de nos justificarmos diante das pessoas e da sociedade por meio de méritos pessoais e competitividade selvagem. Na vida pessoal e pública podemos conviver com nossos dons e especialmente com nossas deficiências, sendo verdadeiros, coerentes, abdicando das máscaras que ocultam nossa condição humana. O mais importante não é a perfeição e o sucesso, como objetivos últimos, mas a preocupação e o cuidado pelas pessoas e pela vida.
Esta liberdade traz o passo seguinte da descoberta de Lutero. O cristão livre torna-se servo de todos, sujeito a todos pelo amor. A pessoa libertada pelo Evangelho já não pertence a si própria, mas a quem a libertou, Jesus Cristo. A pessoa abre mão de seus interesses meramente pessoais e encontra o sentido de sua vida na causa que Cristo defendeu a partir da prática do amor ao próximo. Assim o bom cristão é aquele que faz as coisas pensando e levando em conta, primeiro, a vantagem do outro. Aqui se encontra o verdadeiro serviço cristão tão necessário à vida comunitária e à vida na sociedade. E assim tudo o que fizermos, mesmo parecendo pouco e superficial, será de uma grande relevância para o testemunho público da fé. Quem quiser ser o mais importante, o primeiro, que seja o que serve os outros. Igreja é serviço prestado às pessoas e à sociedade.
P. Sinodal Renato Küntzer

quarta-feira, 8 de outubro de 2008


Tadeu Martins e a Inquisição

Augusto Franke Bier Jornalista e chargista.
Depois da demolição contínua e sistemática de prédios históricos em Santo Ângelo, onde a política de tombamento nunca foi exatamente o ponto forte das administrações, a mais recente agressão ao patrimônio ocorre dentro de uma igreja. Recentemente "reinaugurada", a Catedral Angelopolitana, abriu suas portas para os fiéis e os turistas ostentando uma mutilação grave. A pintura mural executada no altar central, há menos de vinte anos, pelo artista plástico Tadeu Martins, desapareceu.Todos lembram que a grande polêmica se dava em torno da imagem de uma índia de seio desnudo. Nada mais adequado ao sétimo povo missioneiro que tivesse dentro de sua catedral a marca maior de sua obra, numa referência à evangelização dos índios Guarani. Justamente pela fidelidade histórico-astística dessa representação, onde os verdadeiros donos desta terra aparecem em estado puro, despreocupados de pudor, a comunidade não só perde uma obra de arte magistral, como também reproduz o preconceito do colonizador para com as culturas diferentes.Na tarefa cruel da submeter povos gentios à tutela do deus cristão – que se desenvolvia paralelamente na busca por ouro e territórios -, muito sangue nativo foi derramado. Levou tempo até que os Guarani tivessem que optar entre cair nas mãos dos bandeirantes escravizadores e se deixar "domesticar" no aldeamento das missões jesuíticas. Mas a glória da experiência missioneira, sempre evocada na arquitetura monumental e nas artes remanescentes, tem nos nativos uma história de resistência que a própria Santa Madre Igreja evoca com desconforto – quando o faz! E isso vem à baila quando perguntamos o seguinte: Por que, em quase século e meio de dominação, as reduções não produziram um único padre índio?A resposta, ironicamente, vem de um jesuíta paraguaio, padre Bartolomeu Meliá, talvez a maior autoridade em estudos missioneiros ainda viva. Escreve ele que a religiosidade dos índios não reconhecia o pecado. Logo, desprovidos de culpa, não teriam como ser submetidos pelos padres, porque o maior instrumento de coerção da cristandade – a ameaça do castigo eterno – não surtia efeito. Essa pureza ainda pode ser observada por aqueles que convivem com os atuais Guarani da região missioneira. No entanto, os esforço pela descaracterização dessa cultura hoje prossegue quando autoridades mal-intencionadas ou ignorantes estendem luz elétrica e televisão até os acampamentos. Perdendo o status de índios, que ainda os protege um pouco, e isolados de sua identidade, tornam-se párias a esmolar na porta do templo.A nudez na índia de Tadeu Martins foi acusada de ofender a sacralidade do altar. Mas como fica esse mesmo respeito ao sagrado se o sacerdote for um pedófilo, um delator, um omisso ou um legitimador de desmandos aboletado no regaço confortável dos coronéis de plantão? Há uma moral putrefata flutuando pelas naves da nossa catedral, emitida pelos porões ancestrais da inquisição. Nem estamos evocando o bom selvagem idealizado por Russeau, mas um povo verdadeiro a cuja sabedoria a Igreja deveria se curvar. No entanto, aquele preconceito doentio deixa seus herdeiros. E Jesus Cristo, que, numa metáfora pela inocência, pedia que deixassem ir a ele os pequeninos, vê a representação dos seus indiozinhos apartada de sua companhia justamente por obra de um religioso. Não é uma incoerência?

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Octobertanszfest na Esquina Konrad

Domingo, dia 12 de outubro de 2008, grande festa em Esquina Konrad. É tradição a festa de outubro em Esquina Konrad. Esta semana marca as festividade com muito trabalho e organização do pessoal. No domingo iniciamos as fetividades com um culto às 9:30. E depois, o almoço com a melhor carne e a tarde um ótimo conjunto musical animará a festa. Todos estão convidados.

Dez Anos de Grupo de Lazer Lírio das Missões



IECLB – Santo Ângelo

O Grupo de Lazer Lírios das Missões reuniu-se pela primeira vez no dia 28 de agosto de 1998.
O objetivo deste grupo conforme o nome é o lazer; a socialização das pessoas aposentadas e afastadas de um convívio mais social; atualizar os participantes quanto a orientações de melhor com as limitações que o tempo traz e aceitar estas limitações; reforçar a fé de que “O Senhor é Meu Pastor e nada me faltará”. Salmo 23 (Lema da turma).
Em cada encontro, que é mensal, temos um momento de reflexão, cantos de louvor e oração dirigido por um(a) pastor(a); brincadeiras e atividades físicas, danças, bingo com brindes trazidos pelos participantes e lanche.
As reuniões são festivas conforme o mês: Páscoa, Dia das Mães, Pais e etc.
O grupo também gosta de viagens, passeios ou piquenique.
Agradecemos a todos que nestes 10 anos colaboraram para que este grupo crescesse sempre mais: Casais Coordenadores, grupo de apoio e todos os participantes.
Amamos todos vocês!
“Meus amores e minhas amoras”.
Coordenadoras:
Yara Marli Arnemann e
Selecia Molinar Krüeger

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Foto da porta da Casa de Lutero e Catarina



Esta gentileza é da estudante de teologia Denise Koch que está em Göttingen e inclusive disse ela no blog que sentou-se no mesmo banco em que Lutero e Catarina sentavam. Denise enviou estas fotos. Obrigado.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008


KATHARINA VON BORA

Existem muitos livros, prédicas, sermões, biografias do grande reformador Martim Lutero. Mas uma pessoa muito importante ao lado dele, a sua esposa Käthe, quase sempre fica esquecida. Na época em que vivia, as mulheres eram consideradas inferiores ao homem. Era, talvez, este o motivo pelo qual essa grande mulher era tão pouco mencionada nos muitos livros que existem sobre a obra do reformador.
Quem era KATHARINA?
Katharina era de família nobre. Seus pais eram Hans von Bora e Katharina Haubitz von Bora. Käthe, a mais velha dos quatro irmãos, nasceu em 29 de janeiro de 1499. Quando ela tinha seis anos, faleceu a mãe. Seu pai, não sabendo como criar os quatro filhos, levou Käthe ao Convento Brehna, perto de Bitterfiel. Lá ela teve o privilégio de receber ótima educação. Passaram-se os anos e Käthe não perdia as esperanças de poder deixar o convento e servir a Deus de outra maneira. Porém o pai, entrementes, havia casado novamente, e a madrasta não queria também esta filha em sua casa, e assim foi decidido o destino da menina! Aos 16 anos de idade já se tornou noviça, e logo mais se submeteu aos votos de freira.
SUA NOVA E ÁRDUA TAREFA
A vida de Käthe ao lado do grande teólogo e professor não foi fácil. Ele praticamente não tinha tempo para a família, pois se dedicava cada vez mais à sua missão pela Reforma da Igreja. Os problemas da casa e da família Käthe resolvia com muita eficiência e de tal maneira, que o marido, às vezes, dizia: “O meu senhor Käthe”!
Este espírito de luta e de decisão tinha grande influência na vida do reformador. Nas horas mais difíceis, foi sempre ela que dava novo ânimo ao marido. Isto nos mostra também esta pequena estória que se segue: Martim Lutero sempre tinha dúvidas se o que fazia era mesmo da vontade de Deus. Às vezes, desconsolado e abalado, se trancava no quarto, e desesperadamente orava para que Deus lhe desse um sinal. Certo dia, ele novamente estava desesperado e triste, sozinho em seu quarto. De repente, escutou um leve bater na porta. “Entre”, disse sem levantar a cabeça. Mas que susto levou, quando viu entrando pela porta sua Käthe, toda vestida de preto, com um olhar bem triste. “Mas que aconteceu”, perguntou ele. “Faleceu alguém da família?” “Não”, respondeu ela com voz baixa. “Não é ninguém da família, mas quem faleceu parece ser o próprio Deus, pois senão meu esposo jamais poderia estar tão triste e sem esperanças!” Lutero logo entendeu o sentido destas palavras e, levantando-se todo animado, abraçou sua querida esposa e disse: “Não, ele não morreu, Deus vive”. Cheio de alegria e nova esperança, escreveu em letras bem grandes, sobre sua porta: VIVIT - Ele vive!
E assim Käthe sempre procurava ajudar e acompanhar seu marido em tudo, apesar de seus muitos afazeres na grande casa.

A FAMÍLIA
Deus abençoou o casal Lutero com seis filhos, três meninos e três meninas. Johannes, nascido em 7 de junho de 1526; Elisabeth, em 10 de dezembro de 1527; Magdalene, em 4 de maio de 1529; Martin, em 9 de novembro de 1531; Paul, em 28 de janeiro de 1533 e Margarethe, em 17 de dezembro de 1534. Elisabeth completou apenas oito meses de idade e, mais tarde, faleceu também com 13 anos Magdalene. Com muita fé em Deus a família conseguiu superar as perdas.
Käthe tinha muitas dificuldades em conseguir alimentar sua grande família. Além de seus seis filhos, tinham adotado várias crianças de parentes pobres. Mas em sua mesa não almoçava só sua família, mas também estudantes, professores e teólogos. Eram sempre entre 40 a 50 pessoas! Käthe, porém, tinha uma grande horta onde plantava bastante hortaliças e verduras, além de ter seu gado e víveres. Alguns amigos também traziam comida. Para deleite de seu esposo e para economizar, ela fazia sua própria cerveja. Um episódio interessante ficou registrado: à noite, quando finalmente estavam sós, os dois se sentavam em frente da casa, em dois pilares, cada qual com um caneco de cerveja (ele um litro e ela ½ litro), e então namoravam e se complementavam com longas e profundas conversas. Isto ficou registrado no canto de Lutero: “Das meine Seele erhebt bis in den 3. Himmel”.

A VIUVEZ
O dia mais triste de Käthe foi quando faleceu Lutero, em 18 de fevereiro de 1546. Foi então que começou sua luta pela tutela dos filhos e pelos bens que ele lhe havia deixado em testamento. Mas somente com a intervenção do Príncipe Eleitor, ela conseguiu ficar com a tutela dos filhos. Com a doação de 600 florins pôde comprar a propriedade de Wachsdorf, na entrada de Wittemberg.
Depois da morte do esposo, Katharina tornou-se muito pobre e só conseguia sobreviver graças à doações e ajuda de amigos. Mesmo assim ela não deixou de ajudar os mais pobres na comunidade. Aos poucos também voltou a reunir estudantes em sua casa. Neste meio tempo irrompeu a guerra, e Käthe com seus filhos tiveram que abandonar tudo e se refugiar em Magdeburg. Também o rei da Dinamarca, amigo da Reforma, socorreu a viúva e seus amigos com dinheiro.
Foi numa fuga da guerra que ela se acidentou e ficou gravemente doente. Após três meses de sofrimento, faleceu em 20 de dezembro de 1552, seis anos após seu marido. Seu corpo foi velado no Marienkirche zu Torgau, na mesma Igreja onde seu esposo tantas vezes havia proferido suas prédicas. Käthe Lutero conheceu os altos e baixos da vida, mas teve uma vida ricamente abençoada para todos que a rodeavam. Ela, a primeira esposa de pastor evangélico e co-fundadora da casa pastoral, se tornou inesquecível como a mulher em cujas pegadas a casa pastoral evangélica se tornou, através dos séculos, um lugar de bênçãos!
P. Claudio Luiz De Marchi