O objetivo do blog é divulgar o trabalho pastoral realizado na Paróquia Evangélica de Confissão Luterana Alto Jacuí.
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Ensino Confirmatório
segunda-feira, 2 de junho de 2008
6º DIA SINODAL DA FAMÍLIA EM SANTA ROSA
Sob a responsabilidade da Pastoral da Família, o Sínodo Noroeste Riograndense realizou no dia 18 de maio, o VI Dia Sinodal da Família. O evento ocorreu no Parque da Fenasoja em Santa Rosa/RS. Se fizeram presentes 1850 pessoas vindas de todas as Paróquias do Sínodo Noroeste. O tema deste grande encontro da família evangélica- luterana foi “Mãos que se encontram, desafios para a família” com uma clara proposta de superação da violência doméstica. A programação iniciou com a celebração de um culto, prosseguindo à tarde com momento cultural e encerrando com a celebração da Santa Ceia. Estiveram presentes o Primeiro Vice Presidente da IECLB, P. Homero Severo Pinto e o P. Dr. Manfredo C. Wachs como palestrante do Dia Sinodal da Família. Foi um dia de significativa convivência, abençoado pelo Trino Deus. O próximo encontro acontecerá no Domingo de Pentecostes de 2010.
Pastor Sinodal Renato Küntzer
domingo, 1 de junho de 2008
Celebração de gratidão pela Colheita em Entre Ijuis
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Desafios do Discipulado
1. O discipulado requer vontade.
Verifique amados que há um chamado para o discipulado. Porém o Reino de Deus requer paixão, requer vontade. “O Reino dos céus é como um tesouro escondido num campo. Certo homem, tendo-o encontrado, escondeu-o de novo e, então, cheio de alegria, foi, vendeu tudo o que tinha e comprou aquele campo. “O Reino dos céus também é como um negociante que procura pérolas preciosas”. Encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo o que tinha e a comprou. Mt. 13. 44-46. ”
Ser discípulo é compreender a preciosidade de Jesus e saber que nada neste mundo vale a disposição de segui-lo. É dizer como Pedro, depois que muitos o deixaram. Para quem iremos nós.
2. O discipulado requer renúncia.
Aqui Jesus pede que renunciemos à coisa mais difícil que existe, o próprio eu. Porque é sempre a última coisa que nos resta. Se perdermos os bens, se perdermos os amigos, se perdermos os familiares, se perdermos tudo ainda sobrará algo, o eu.
Também para quem seguia um rabino judeu era necessário submeter-se e dominar-se. Os anos de aprendizado nunca foram tempos de senhorio. Ao mesmo tempo, porém, o discípulo estava construindo sua carreira, até um dia ser promovido ele mesmo a rabino. É isto que Jesus não está prometendo. Com honestidade total ele diz aos seus discípulos que Deus não pode ser usado como desculpa para impor interesses próprios. Pelo contrário, Jesus reafirma o primeiro mandamento: nada de deuses paralelos, nada de intenções paralelas! Triunfam as três primeiras petições do Pai-nosso: o nome, o reino e a vontade de Deus. De outra forma não se pode seguir a Jesus. Mais uma vez também fica claro que esta renúncia à supremacia pessoal não equivale a aniquilação pessoal, como a ascese pagã a tem em vista. O discípulo não se deve fazer desaparecer, mas servir. Deus, por meio de Jesus, o trouxe para tão perto, que ficou longe de si mesmo e pode perder-se de vista de modo muito surpreendente (Mt 6.3). (Marcos – Comentários Esperança).
3. O discipulado requer sacrifício.
A cruz aqui não significa uma enfermidade pessoal, alguém de temperamento difícil que temos de suportar. A cruz simboliza a nossa disposição para sofrer por causa do Evangelho. Seguir a Cristo significa carregar uma cruz. Para entendermos o significado das palavras de Cristo, precisamos lembrar o que representava a Cruz naquele tempo: Na época de Jesus esta expressão figurada era compreensível de imediato a qualquer pessoa, pois todos podiam contemplar livremente as peculiaridades da pena da crucificação. Diferente de outras formas de execução, a crucificação era aplicada quando se queria tirar de um criminoso não só a vida, mas também a sua honra, quando se queria expô-lo ao desprezo absoluto e à aniquilação moral. Esta era a intenção também com o próprio Jesus: "Era necessário que [...] sofresse muitas coisas e fosse rejeitado" (v 31). Tanto para os judeus como para os romanos a morte na cruz era uma morte vergonhosa, que equivalia à excomunhão. Deste modo, a carta aos Hebreus liga à crucificação de Jesus expressões como "expondo-o à ignomínia" (6.6), "o opróbrio de Cristo" (11.26), "não fazendo caso da ignomínia" (12.2), "sofreu fora da porta" (13.12) e "levando o seu vitupério' (13.13). O escárnio, porém, não principiava somente na cruz (15.29,31), mas já desabava sobre a cabeça do condenado assim que colocava o pé na rua, carregando a viga da cruz diante da população que uivava. Ele já podia ser considerado morto e, enquanto cambaleava sob o peso da viga da cruz pelo corredor polonês da multidão, qualquer pessoa podia castigá-lo com um golpe ou um pontapé, cuspir ou jogar sujeira nele ou amaldiçoá-lo (Joaquim Jeremias, Theologie, p 232).”
Veja o que a Bíblia nos diz acerca dessas coisas: Mateus 10:38 e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de si. Atos 14:22 fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus.
1 Coríntios 4:9 Porque a mim me parece que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar, como se fôssemos condenados à morte; porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens.
1 Coríntios 4:10-13 Nós somos loucos por causa de Cristo, e vós, sábios em Cristo; nós, fracos, e vós, fortes; vós, nobres, e nós, desprezíveis. Até a presente hora, sofremos fome, e sede, e nudez; e somos esbofeteados, e não temos morada certa, e nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos. Quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados, procuramos conciliação; até agora, temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória de todos.
Seguir a Cristo significa estar disposto a ir às últimas conseqüências, se preciso for até morrer por Ele. Não se pode ter Jesus no coração sem carregar uma cruz nas costas.
Conferência de Pastores da IECLB Intersinodal
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Insegurança, medo da Perda
R E T R A T O D A V I D A
Um sobrevivente da segunda guerra mundial relatou a seguinte história: Foi num dia quente do verão de 1945. O brilho do sol contrastava com a miséria que cobria toda a Alemanha. Meu irmão e eu, ainda crianças, não tínhamos noção da pesada carga de nossa mãe, da sua preocupação para que tivéssemos o nosso pão diário e da incerteza com relação ao destino de nosso pai que estava na Rússia como prisioneiro de guerra. Nós nos deliciávamos brincando numa pequena caixa de areia. Nós tínhamos a mãe, o sol nos sorria, nós sentíamos a areia. Na nossa compreensão de criança não nos faltava nada.
Ainda era quente e claro quando à noite nossa mãe nos colocava na cama. Quando adormecíamos, mamãe tomava a sua bicicleta e seguia até fora da cidade onde cultivava um canteiro de verduras para nos alimentar. Após um primeiro sono profundo, nós acordávamos mais uma vez. Chamávamos pela mãe. E não vinha resposta. Caminhávamos pela casa e a procurávamos em todas os quartos. Um medo terrível se apoderava de nós e, desesperados saíamos para o quintal. Chamávamos e chorávamos. Ninguém nos ouvia. Um profundo sentimento de abandono, medo e desolação nos preenchia.
Descalço e de pijama eu saí chorando pela rua. Numa esquina encontrei um soldado inglês. Corri ao seu encontro e comecei a falar-lhe. Então ele me disse algo. Mas nós não nos entendíamos. Assim nós estávamos um diante do outro. Um menino pequeno e um grande soldado. Eu descalço, ele com suas botas. Mão de criança enxugando as lágrimas e punhos de homem segurando uma arma. Uma cabeça de criança confusa e um capacete reluzente. Não podíamos nos entender e ele não podia me ajudar. Então apareceu a minha mãe com a sua bicicleta. Ela tomou-me pela minha mão. Seguimos para casa. Aliviado o meu irmão saiu ao nosso encontro. Mamãe nos acalmou e nos colocou na cama novamente. Tudo estava bem de novo. O medo da perda foi vencido pela presença da mãe.
Isso não é um retrato da vida?
Claro, poucos de nós têm uma história tão triste. Não passamos por uma guerra. Não temos um pai como prisioneiro. Enfim, nem podemos imaginar a situação destas crianças. Mas, convenhamos, nós, você e eu, por natureza também estamos à procura de um abrigo. Nós também temos nossos medos. Tememos a perda. Somos assaltados pelas constantes preocupações. Movidos pelo sentimento de abandono corremos pelas estradas da vida. Nossos corações estão cheios de incertezas. Muitas perguntas nos inquietam. Encontramos pessoas pelas ´esquinas da vida´ e tentamos abordá-las, mas elas não nos entendem. Às vezes parece que falamos um idioma tão diferente, que não conseguimos mais nos comunicar com ninguém. E ficamos com a nossa dor - e ninguém nos enxerga! Choramos as nossas lágrimas – e ninguém as percebe! Fazemos nossas perguntas – e ninguém as entende! Você conhece este triste retrato da vida?
Saiba que existe alguém por você
Que alento para aquele menino, quando a mãe apareceu naquela noite! Ela desceu da sua bicicleta. Ela entendeu tudo o que se passava. Ela estendeu a sua mão. Ela o conduziu para casa. Ela o levou ao encontro do irmão. Ela o aquietou na sua cama.
Assim como esta mãe, exatamente assim o Senhor Jesus fala a você neste momento através deste folheto. Você, que cansou dos seus caminhos. Você, que tentou de tudo para saber qual o sentido da vida. Você, que tanto pergunta de onde vem e para onde vai. Ouça, Jesus quer se revelar na sua vida. Ele também desceu – desceu da glória do céu para vir ao seu encontro. Ele entende tudo o que se passa de confusão e aflição no seu coração. Ele estende a sua mão e diz: “Vinde a mim todos que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28). Ele sabe de toda a solidão. Por isso Ele é por nós – por você e por mim.
Agora este retrato pode mudar
Jesus diz: eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância (João 10:10). Agora você só precisa abrir o seu coração e orar a Ele. Conte a Ele tudo o que se passou em sua vida. Mostre-lhe a sua procura por vida. Diga a Ele por quantos caminhos você já andou. Confesse os seus pecados e peça que Ele entre em sue coração. Então Ele vai recebê-lo. Ele vai lhe dar uma nova vida através do perdão dos seus pecados. E Jesus vai tomar você pela mão e irá conduzí-lo nos seus caminhos. E você estará abrigado na sua paz. Mais ainda: Ele será o Senhor que cuidará de toda a sua vida e lhe dará descanso. Venha a Ele agora e o retrato da sua vida mudará.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Corpus Christi Festa Católica
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Tapete de Corpus Christi em Poá - São Paulo.
Corpus Christi (latim para Corpo de Cristo) é uma festa móvel da Igreja Católica que celebra a presença real e substancial de Cristo na Eucaristia.
É realizada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade que, por sua vez, acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes. É uma festa de 'preceito', isto é, para os católicos é de comparecimento obrigatório assistir à Missa neste dia, na forma estabelecida pela Conferência Episcopal do país respectivo.
A procissão pelas vias públicas, quando é feita, atende a uma recomendação do Código Canônico (art. 944) que determina ao Bispo diocesano que a providencie, onde for possível, "para testemunhar publicamente a veneração para com a santíssima Eucaristia, principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo." É recomendado que nestas datas, a não ser por causa grave e urgente, não se ausente da diocese o Bispo (art. 395).
Índice[esconder]
História
Procissão de Corpus Christi, Moosburgo, Alemanha, 2005
A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII. A Santa Igreja sentiu necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado. A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.
O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico. A ‘Fête Dieu’ (Festa de Deus) começou na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230, com autorização do arcediago para procissão eucarística só dentro da igreja, a fim de proclamar a gratidão a Deus pelo benefício da Eucaristia. Em 1247, aconteceu a 1ª procissão eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional na Bélgica.
O ofício foi composto por São Tomás de Aquino o qual, por amor à tradição litúrgica, serviu-se em parte de Antífonas, Lições e Responsórios já em uso em algumas Igrejas.
A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264. O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A procissão surgiu em Colônia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma é encontrada desde 1350.
A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse :‘Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim’. Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo depois de Pentecostes.
A Festa no Brasil
Em muitas cidades portuguesas e brasileiras é costume ornamentar as ruas por onde passa a procissão com tapetes de colorido vivo e desenhos de inspiração religiosa. Esta festividade de longa data se constitui uma tradição no Brasil, principalmente nas cidades históricas se revestem de práticas antigas e tradicionais são embelezadas com decorações de acordo com costumes locais. No Pará, no município de Capanema é uma tradição os tapetes de serragem colorida cobrindo as ruas por onde passa a procissão de Corpus Christi.
Em Castelo (Espírito Santo), no estado do Espírito Santo, as ruas são decoradas com enormes tapetes coloridos formados por flores, serragem colorida e grãos. Em São Paulo, o município de Matão é famoso por seus tapetes coloridos feitos de vidro moído, serragem e flores que formam uma cruz no centro da cidade. A cidade de Mariana - MG comemora a festa de Corpus Christi enfeitando as ruas com tapetes de serragem e pinturas. São Joaquim da Barra - SP e Jacobina - BA também seguem o mesmo estilo, as ruas ao redor da matriz são enfeitadas com serragem, raspa de couro, areias coloridas, tudo o que a criatividade proporciona para este dia santo.
terça-feira, 20 de maio de 2008
Relacionamentos Interpessoais na Família
Base:
A família é o fundamento para a comunidade e da sociedade em geral. “A família é a fonte da bênção e da maldição dos povos”, disse Martin Lutero. Quando as coisas não correm bem para a família, então isto influenciará na sociedade e na comunidade. Às vezes esta influencia se estende por gerações inteiras. Onde a família não funciona mais, a sociedade corre o perigo de cortar o seu próprio futuro. Justamente nos dias de hoje a família necessita de amparo para não desmoronar por completo.
Jaime Kemp disse: “Quando se está bem com o cônjuge e com os outros membros da família, torna-se muito mais fácil lidar com as outras áreas da vida”.
Onde se possui o senso de fidelidade em todos os sentidos na família, ali também vai bem na sociedade. Mas estamos longe desse ideal. Um adágio chinês diz: “Governar um país é fácil, mas governar uma família é difícil”. Somente a fidelidade vai manter a família unida. E para isto é necessária a comunicação entre o casal e entre pais e filhos, filhos e pais. Eu tenho que desejar isto. Por si só isto não vai acontecer. Quantas famílias estão desmoronando por falta deste desejo. Cada um só pensa em si mesmo. Não há mais o senso de união. Não há mais o desejo de conversação. Tudo é feito só na base de gritarias. Em outras famílias cada um vai para o seu canto, sem que um saiba o que se passa no íntimo do outro. O diálogo, que poderia facilitar o relacionamento, já não existe há muito tempo.
É por isto que acontecem tantas atrocidades, onde pais matam os filhos, filhos matam os pais e netos matam os avós. Como foi o caso do casal Marísia e Manfred von Richthofen, que foi assassinado a golpes de barra de ferro. O crime foi planejado pela filha do casal, a estudante de Direito Suzane Louise von Richthofen de 19 anos e executado pelo seu namorado. Vocês devem estar lembrados disso, pois muito foi noticiado em outubro de 2002.
As famílias estáveis são cada vez mais raras. Não importa o nível social. Atrás das paredes de uma mansão você encontra os mesmos problemas que num casebre. Na maioria dos casos é uma conseqüência de uma vida sem Cristo, sem Deus. Falta o compromisso de uma vida para com Deus e o Salvador Jesus Cristo. A vida com Deus é primordial para podermos ter um relacionamento agradável na família.
Mas preciso acrescentar uma coisa: isto não garante que meu filho ou minha filha não entre nas drogas ou siga um caminho contrário à educação recebida. Mas é comprovado que a maioria das famílias que seguem uma vida com Jesus Cristo e praticam o diálogo, conseguem maior êxito na condução de sua família.
O problema é que muitos pais são omissos. Não há mais diálogo. Os pais estão acuados entre a autonomia que os filhos querem e o limite que devem dar.
Um exemplo disso temos na bíblia, em 1Sm 2.12-17.22-25
Aqui temos um pai, que não conseguiu estabelecer limites para os filhos. Apesar de serem filhos de um sacerdote e eles mesmos serem ajudantes do sacerdócio, fizeram tudo o que desagradava ao Senhor:
- Eram ímpios (incrédulos) e não se importavam com o Senhor (v.12)
- Não cumpriam os deveres de sacerdotes (v.13)
- Serviam-se da carne que deveria ser consagrada a Deus (v.14-16)
- Tratavam com desprezo a oferta do Senhor (v.17)
- Deitavam-se com mulheres na Tenda do Encontro (v.22)
O prazer deles era comida e sexo. E isto ainda no lugar sagrado de Deus. Não foi à toa que o povo ficava falando dos filhos de Eli. Um pai fraco que simplesmente não soube estabelecer limites aos seus filhos. Sua exortação se limitou em dizer-lhes que “não era bom o que estavam fazendo e que estavam mal falados entre o povo”. (V.24). E os filhos? Desprezaram a repreensão do pai.
Assim, esta família prejudicou até a honra de Deus, de maneira que os incrédulos começaram a fazer troça, se divertirem sobre Deus e seu povo.
É uma trágica situação que se repete nos dias de hoje nos relacionamentos familiares. O abismo entre pais e filhos se amplia cada vez mais. E o que temos hoje, é uma família que vive em vários mundos diferentes, cada vez mais independentes entre si. Uma evidência clara desse caos familiar é o número assustador de adolescentes que crescem em uma família de pais separados, onde normalmente um dos pais, ou em alguns casos os dois, são ausentes de sua vida.
Ainda esta semana uma avó ligou, pedindo que aconselhássemos sua neta adolescente de 16 anos que estava numa fase de revolta. Os pais haviam se separado no começo do ano, e agora a mãe deixou a casa de uma hora pra outra, em busca de aventuras com outro homem, sem sequer deixar endereço. É claro que esta menina estava sentindo o mundo desabar sobre sua cabeça.
Pior é, quando os pais ainda moram sob o mesmo teto com os filhos, mas estão ausentes da vida dos filhos. Cada um segue o seu caminho, cada um procura seu próprio canto. A mãe nos seus afazeres no lar (trabalha fora), o pai acomodado diante da TV (não quer ser incomodado) e o filho mergulhado no seu quarto curtindo uma música ou navegando na internet. Quando não está nas ruas com seus amigos, para fugir a situação constrangedora em casa.
Muitas vezes ouço que nós estamos atualmente enfrentando um abismo de geração, mas creio que se trata mais de um abismo de coração.
Não encontramos mais o caminho em direção ao coração do filho ou filha, em direção ao coração do pai e da mãe. Isto significa que teremos que ser autênticos. Os pais não podem tentar ser pais ideais e nem corresponder à imagem que o filho quer. Temos que admitir os nossos erros, nossos defeitos, dificuldades e limites. A comunicação só ocorre quando os dois lados falam e os dois lados ouvem com atenção. Não adiante tentar IMPOR sua opinião e não ter tempo para o diálogo quer seja com o cônjuge quer seja com os filhos. Encontramos muitos pais que fazem tudo pelos seus filhos. Não deixam faltar nada mesmo. Buscam supri-los emocionalmente com bens de consumo.
Um pai presenteia o filho nos seus 18 anos com um carro O km.
O filho joga a chave em cima do bolo e diz:
“Eu não quero carro, eu quero você, quero o seu amor...”
Conheço os pais, cujo filho está cursando o último ano na faculdade. Este filho recebeu tudo de mão beijada. Nunca conseguiram dizer não quando veio com seus pedidos. Saía com o carro da mãe e voltava altas horas da madrugada. Em dois anos teve quatro acidentes. Aos 20 anos começou a perder-se no alcoolismo. Encontrei-o várias vezes embriagado e uma vez deitado no seu próprio vômito. Recentemente a mãe ligou, e chorando ao telefone disse: “Temo que vamos perder nosso filho. Ele está envolvido no craque”.
Mas como? O que aconteceu? Os pais falharam em alguma coisa? Conhecendo a família, tenho que admitir que aqui realmente houve falta de diálogo. Quando se “conversava” sobre os problemas do filho, tudo era feito aos gritos. O tom de voz de a expressão do rosto do pai não ajudavam em nada, pelo contrário, despertavam uma revolta no íntimo do filho.
A bíblia dá um bom conselho para todos nós: A resposta calma desvia a fúria (acalma os nervos), mas a palavra ríspida desperta a ira (quem responde com raiva provoca brigas e confusão)”. Pr 15.1. “Quem é cuidadoso no que fala evita muito sofrimento”. Pr 21.23
O que ensinamos aos nossos filhos marca seu caráter e determina como eles se portam para conosco.
“Um casal reclamou que o filho não queria ir à igreja, mas a um show de rock. Os pais sempre tinham o hábito de faltar aos cultos por motivos sociais: festas, concertos, lançamento de filmes em salas especiais (eram da alta sociedade).
“Rock, que coisa vulgar!”, dizia a mãe chocada. “Com quem ele aprendeu isto?”. Aprendeu com os pais. E provavelmente dizia: “Ópera, que coisa quadrada!”. Os pais ensinaram que a igreja não era relevante.
Há pais que falam mal dos irmãos na fé, criticam a administração da igreja, “descem a lenha” no pastor, no missionário, ridicularizam o solista ou o quarteto ou o coral, desacreditando todo o sistema eclesiástico. Depois se admiram porque os filhos nada querem com o evangelho”.
Para a preservação da família, é necessário o resgate de sua fundamentação religiosa e firmar-se em Cristo.
Gostaria de propor algumas dicas que podem contribuir para aprimorar sua comunicação na sua família. Isto pode ser um auxilio para guarda-los de caminhos tortos:
Convivência
Pais que valorizam a convivência tem maiores chances em ver seus filhos imunizados contra as drogas. Convivência significa participar da vida dos filhos. Isso inclui momentos de lazer, como passeios, competições esportivas, ir pescar.
Lembro-me quando nosso filho Werner, aos oito anos de idade, pescou seu primeiro peixe. Isto lhe deu o gostinho do prazer da pescar. Alguns dias mais tarde veio pedir: “Pai, vamos pescar?”Eu disse que não poderia, pois estava me preparando para o sermão do culto. Um semana mais tarde o mesmo pedido: “Pai, vamos pescar?” Novamente eu neguei por falta de tempo. E ele, saindo do escritório lamentando: “Ai, ai, ai, mas você nunca tem tempo”. Ainda hoje ouço esta acusação em meus ouvidos e como lamento não ter atendido ao seu desejo. Hoje não tenho mais esta oportunidade, pois aos 17 anos Deus o chamou para a eternidade. Aproveitem as oportunidade que vocês ainda têm. Acampem num fim de semana, façam jogos de mesa, comam uma pitza com a família numa pitzaria aconchegante. Isto não deve ser visto como uma despesa desnecessária ou um gasto supérfluo A convivência reforça as relações familiares e abre perspectivas para um bom diálogo.
Faça do seu lar um lugar atrativo e aconchegante
É importante que o ambiente familiar seja atrativo e aconchegante. “Pertencer a uma família”, esse deve ser o sentimento que os filhos devem ter para que sejam menos vulneráveis às influências negativas.
Tenha um bom diálogo
Famílias onde o diálogo é valorizado, onde a conversa informal sobre qualquer tema é uma rotina na relação pais e filhos, têm muito mais chance de ver os filhos longe dos caminhos tortos.
Dê boas informações
Pais que conversam com os filhos sobre drogas, que falam de maneira amiga e sincera sobre os efeitos e riscos do uso de drogas, estão dando grandes passos para a vitória nessa área.
Pratique o afeto
Abraços, beijos, palavras de elogio e incentivo nunca são demais numa relação familiar. Essas atitudes são depósitos importantes que estamos efetuando na Conta Bancária Emocional dos nossos filhos. Todo filho precisa de, ao menos cinco abraços por dia. Aproveitem o tempo enquanto eles se deixam abraçar e beijar. Chegará o dia em que eles acharão isto cafona e não querem saber da ternura paterna ou materna.
Nossa filha caçula, que na adolescência teve um período de rebeldia e revolta contra nós, mas que foi transformada pela graça de Deus. Aos 19 anos estava estudando fora de casa. Ao estar em casa nas férias, numa noite chamou pela mãe e pediu: “Mãe, cante aquela canção de ninar que você cantava quando eu era pequena e me abençoe”.
Não esqueçam, queridos pais:
Até um adolescente ou jovem aprecia e necessita desta ternura, mesmo que tente desmentir esta necessidade e repelir seu afeto através de protestos e atitudes agressivas. Mas atenção: Não procure faze-lo diante de seus amigos e amigas, para que não se torne motivo de gozação.
Faça os filhos participarem de decisões
Pais que valorizam a participação dos filhos nas decisões estão injetando, inserindo importantes antídotos contra as drogas. Atitude como essa faz com que os filhos sintam que são valorizados em suas opiniões e pontos de vista. Principalmente na adolescência, os filhos não devem ser mais tratados como criancinhas. Existem pais que ainda querem ter o comando sobre os filhos, mesmo após terem casado e formado seu próprio lar. Aprenda a ouvir seu filho face a face, olhos nos olhos. Se o filho se sente compreendido, isto irá ajuda-lo. Isto não significa que ele não respeite uma decisão dos pais. É bom procurar o diálogo em decisões importantes.
Estabeleça limites
Stephen R. Covey afirma: “Ser pai/mãe não significa ser popular e ceder aos caprichos e vontades dos filhos’. Filhos criados com limites são filhos felizes e realizados”. E estes limites terão que ser estabelecidos desde pequenos. Um bom material para se aprofundar neste tema é o livro: LIMITES” – Quando dizer SIM; quando dizer NÃO. Autores: Dr. Henry Cloud e Dr. John Townsend, da Editora Vida.
Seja íntimo de seu filho(a)
Desenvolver um relacionamento de proximidade com os filhos nem sempre é fácil, pois muitos de nós não vivemos tal experiência com nossos próprios pais. Muitas vezes não sabemos como ser íntimos. Ficamos constrangidos, desajeitados e parece que procuramos forçar uma situação.
A intimidade significa que seu filho representa muito para você. É a oportunidade de compartilhar fatos e sentimentos. Pai, seu filho sonha em ter um relacionamento deste tipo com você.
Seja íntimo de Deus!
Não é possível construir um relacionamento saudável na família, se faltar o relacionamento íntimo e consagrado ao Senhor Jesus Cristo. Se pais e filhos não buscarem a comunhão íntima através da oração, todo o nosso empenho pode cair água abaixo. Nós não conseguimos construir um muro de proteção ao redor de nossos filhos, mas a palavra de Deus nos assegura que “o anjo do Senhor se acampa ao redor daqueles que o temem e os livra”. Sl 34.7. Deus se mantém fiel às suas promessas. Ele pode dar sabedoria, quando nós não sabemos mais adiante. Procure viver na casa do Senhor, contemplando a sua bondade e buscando a sua orientação. Sl 27.4.
Temos sido falhos como pais, como filhos? COM CERTEZA QUE SIM! E certamente não podemos mais reverter algumas coisas. Mas mesmo assim, queremos nos colocar arrependidos diante do Senhor e pedir-lhe perdão. Isto nos dará também condições de nos dirigirmos ao nosso cônjuge, aos nossos filhos, aos nossos pais e pedir perdão. Que delícia de vida, quando há uma restauração. É uma excelente oportunidade para nos abraçarmos, talvez chorando juntos e orarmos, agradecendo a Deus um pelo outro e pedindo que tudo tenha se revertido para honra e glória do Senhor Jesus Cristo. Onde há perdão, um novo recomeço é possível, e podemos tocar uma vida mais feliz. Deus quer isto para você! Tenha certeza disso.
Otto G. Stange
Missionário da MEUC em Pomerode
CENTENÁRIO DA VILA DONA OTÍLIA
A Vila Dona Otília neste ano comemora o centenário da imigração alemã. Um dos eventos para marcar este fato aconteceu no dia 20 de abril com uma extensa programação: às 9h:30m celebração de culto ecumênico na comunidade Martin Luther; logo após inauguração do monumento em homenagem as famílias pioneiras deste lugar: Otto Fenner, Otto Milke e Ludwig Genz, com a presença de várias autoridades; ao meio dia almoço e a tarde festa, destacando a confraternização dos descendentes das três famílias pioneiras que tiveram a sua árvore genealógica exposta.
Resgatar e recontar a história é sempre um bom momento de reflexão, momento de conhecer e também de aprender. O Pastor Sinodal Renato Küntzer frizou na pregação do culto que a importância de resgatar e recontar a história está no fato de envolver a vida. Não é tão somente a história de datas, fatos e personagens, mas a história de Deus com o seu povo.
Com a palavra bíblica de 1Pe. 2.4-10 fomos lembrados da nossa função de sermos pedras vivas. “Vocês foram escolhidos para anunciar os atos poderosos de Deus que os chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz.” Como pedras vivas, “raça escolhida” temos a tarefa de conseguir ler e interpretar os sinais dos tempos. Darmos testemunho da nossa fé, assim como nossos antepassados o fizeram , deixando raízes e nos preparando para assumir responsavelmente a nossa vida.
Celebramos cem anos porque recebemos de nossos antepassados e antepassadas. Temos a tarefa e a responsabilidade de sermos pedras vivas também para as gerações futuras. Cumprir a tarefa para a qual Deus nos escolheu quando nos chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz. Não somos comunidade perfeita, mas isso não anula a nossa vocação. Deus usa pessoas imperfeitas para construir seu reino. O importante é deixar Deus no usar e sermos seus sacerdotes no lugar onde vivemos e convivemos, na família, na profissão, no lazer na comunidade de fé, seja onde for.
A festividade do centenário da Vila Dona Otília se estende por todo ano, contando com várias programações. No dia 21 de setembro acontecerá a inauguração da galeria dos ex-pastores e pastoras. Você está convidado e convidada! Dona Otília tem prazer em te acolher e orgulho em comemorar cem anos.