Contatado pela Folha de São Paulo para falar sobre o pedido do Ministério Público de São Paulo à Justiça de retirar crucifixos e bíblias de repartições públicas federais, o pastor presidente da IECLB, Walter Altmann, declarou à jornalista:
A matéria é discutível. Faço objeção ao modo como foi proposta a ação do Ministério Público Federal de São Paulo, sem consulta à população. Estado laico legítimo não é aquele que confina as manifestações religiosas à esfera privada, isso é arbítrio, mas aquele que respeita todas as convicções religiosas (inclusive as anti-religiosas) e suas manifestações públicas, sempre que tenham respaldo no sentir popular e não pretendam impor valores religiosos ou anti-religiosos a outras pessoas. A mera colocação de símbolos religiosos não pode ser interpretada como tal imposição. A melhor solução não é qualquer determinação de cima ou de fora por instância executiva ou judiciária, seja pela colocação de símbolos religiosos, seja pela sua retirada, mas sim que as próprias pessoas que trabalham em espaços públicos possam decidir a respeito.
Ministério Público Federal de São Paulo pede à Justiça a retirada de crucifixos e bíblias de repartições públicas federais
O argumento é o de que os objetos ferem a liberdade de crença e não respeitam o princípio do Estado laico; medida divide igrejas cristãs.
A matéria é discutível. Faço objeção ao modo como foi proposta a ação do Ministério Público Federal de São Paulo, sem consulta à população. Estado laico legítimo não é aquele que confina as manifestações religiosas à esfera privada, isso é arbítrio, mas aquele que respeita todas as convicções religiosas (inclusive as anti-religiosas) e suas manifestações públicas, sempre que tenham respaldo no sentir popular e não pretendam impor valores religiosos ou anti-religiosos a outras pessoas. A mera colocação de símbolos religiosos não pode ser interpretada como tal imposição. A melhor solução não é qualquer determinação de cima ou de fora por instância executiva ou judiciária, seja pela colocação de símbolos religiosos, seja pela sua retirada, mas sim que as próprias pessoas que trabalham em espaços públicos possam decidir a respeito.
Ministério Público Federal de São Paulo pede à Justiça a retirada de crucifixos e bíblias de repartições públicas federais
O argumento é o de que os objetos ferem a liberdade de crença e não respeitam o princípio do Estado laico; medida divide igrejas cristãs.
Nenhum comentário:
Postar um comentário