terça-feira, 14 de outubro de 2008

A Octobertanzfest em Esquina konrad




No dia 12 de outubro de 2008, ocorreu em Esquina konrad a festa de outubro. Ela teve inicio às 9:30 com o culto festivo, animado pelo grupo instrumental de violões, composto por 11 jovens que estão aprendendo a tocar violão. Os hinos estavam animados. Ao meio dia a festa prosseguiu com muito chopp, churrasco, saladas e cucas. A comunidade se preparou, trabalhou durante uma semana, preparando tudo para este momento. A tarde duas bandas animaram a festa. Parabéns a diretoria da comunidade e parabéns a comunidade de Esquina Konrad.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Notícia Breve


Pastor Vilmar Abentroth e pastora Anelise lengler Abentroth estão se transferindo de Horizontina para Marecham Cândido Rondom. Eles estão em Horizontina há 11 anos, chegaram em agosto de 1997. Eles vão iniciar o trabalho em Marechal Cândido Rondon no Paraná no dia 1 de dezembro de 2008. Eles foram desafiados por muitos convites de colegas e lideranças e também pela direção da IECLB. Eles crêem que a experiência que possuem pelo tempo de ministério pode ajudar aquela Paróquia e também se sentem chamado por Deus para esta missão
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Notícia Breve


Pastor Edu Grenzel e família está se transferindo da Paróquia São Tomé de Porto Lucena para a Nova Paróquia Gustavo Adolfo de Santa Rosa. Ele está em Porto Lucena há 4 anos. Ele vai iniciar o trabalho em Santa Rosa no dia 26 novembro de 2008. O pastor Edu conhece as dificuldades e se sente desafiado nesta missão que Deus lhe concede. Está animado e confiante na força de Deus para este novo ministério.

Mensagem do Pastor Sinodal

Nestes últimos dias tivemos momentos importantes no âmbito da Igreja e da política. No âmbito da Igreja tivemos a nossa XI Assembléia Sinodal. Novamente foi uma ocasião especial para avaliações e planejamento na vida do Sínodo Noroeste Riograndense. Sempre encontramos na Assembléia uma motivação à caminhada e saímos cientes de que somos um corpo com vários membros, cumprindo diferentes funções, mas todos a serviço de Nosso Senhor Jesus Cristo. No âmbito da sociedade exercemos a nossa cidadania, elegendo em nossos municípios nossos futuros prefeitos e vereadores. Apesar de todas as informações e campanhas de esclarecimentos ainda se registram atitudes nocivas à democracia como a compra de votos e candidaturas vitoriosas que almejam apenas benefícios pessoais.
O mês de outubro é para nós, evangélicos luteranos, um período significativo no calendário da Igreja. Dia 31 de outubro celebramos em nossas comunidades o Dia da Reforma Luterana. A Reforma do século XVI promovida por Lutero não procurou pela separação de uma parte da Igreja, mas desejava, por meio da redescoberta do Evangelho, promover a renovação da cristandade toda. A partir de sua luta particular por um Deus misericordioso, Lutero encontra na palavra do Apóstolo Paulo “viverá aquele que, por meio da fé, é aceito por Deus” (Romanos 1.17) ), a chave para a libertação dos cristãos do cativeiro promovido pelas autoridades da Igreja. Com a afirmação de que todos dependemos da graça de Deus, o cristão torna-se senhor livre sobre todas as coisas e não está sujeito a ninguém pela fé. Este é o benefício que nos é presenteado pelo Deus misericordioso. Não necessitamos mais viver da constante necessidade moderna de nos justificarmos diante das pessoas e da sociedade por meio de méritos pessoais e competitividade selvagem. Na vida pessoal e pública podemos conviver com nossos dons e especialmente com nossas deficiências, sendo verdadeiros, coerentes, abdicando das máscaras que ocultam nossa condição humana. O mais importante não é a perfeição e o sucesso, como objetivos últimos, mas a preocupação e o cuidado pelas pessoas e pela vida.
Esta liberdade traz o passo seguinte da descoberta de Lutero. O cristão livre torna-se servo de todos, sujeito a todos pelo amor. A pessoa libertada pelo Evangelho já não pertence a si própria, mas a quem a libertou, Jesus Cristo. A pessoa abre mão de seus interesses meramente pessoais e encontra o sentido de sua vida na causa que Cristo defendeu a partir da prática do amor ao próximo. Assim o bom cristão é aquele que faz as coisas pensando e levando em conta, primeiro, a vantagem do outro. Aqui se encontra o verdadeiro serviço cristão tão necessário à vida comunitária e à vida na sociedade. E assim tudo o que fizermos, mesmo parecendo pouco e superficial, será de uma grande relevância para o testemunho público da fé. Quem quiser ser o mais importante, o primeiro, que seja o que serve os outros. Igreja é serviço prestado às pessoas e à sociedade.
P. Sinodal Renato Küntzer

quarta-feira, 8 de outubro de 2008


Tadeu Martins e a Inquisição

Augusto Franke Bier Jornalista e chargista.
Depois da demolição contínua e sistemática de prédios históricos em Santo Ângelo, onde a política de tombamento nunca foi exatamente o ponto forte das administrações, a mais recente agressão ao patrimônio ocorre dentro de uma igreja. Recentemente "reinaugurada", a Catedral Angelopolitana, abriu suas portas para os fiéis e os turistas ostentando uma mutilação grave. A pintura mural executada no altar central, há menos de vinte anos, pelo artista plástico Tadeu Martins, desapareceu.Todos lembram que a grande polêmica se dava em torno da imagem de uma índia de seio desnudo. Nada mais adequado ao sétimo povo missioneiro que tivesse dentro de sua catedral a marca maior de sua obra, numa referência à evangelização dos índios Guarani. Justamente pela fidelidade histórico-astística dessa representação, onde os verdadeiros donos desta terra aparecem em estado puro, despreocupados de pudor, a comunidade não só perde uma obra de arte magistral, como também reproduz o preconceito do colonizador para com as culturas diferentes.Na tarefa cruel da submeter povos gentios à tutela do deus cristão – que se desenvolvia paralelamente na busca por ouro e territórios -, muito sangue nativo foi derramado. Levou tempo até que os Guarani tivessem que optar entre cair nas mãos dos bandeirantes escravizadores e se deixar "domesticar" no aldeamento das missões jesuíticas. Mas a glória da experiência missioneira, sempre evocada na arquitetura monumental e nas artes remanescentes, tem nos nativos uma história de resistência que a própria Santa Madre Igreja evoca com desconforto – quando o faz! E isso vem à baila quando perguntamos o seguinte: Por que, em quase século e meio de dominação, as reduções não produziram um único padre índio?A resposta, ironicamente, vem de um jesuíta paraguaio, padre Bartolomeu Meliá, talvez a maior autoridade em estudos missioneiros ainda viva. Escreve ele que a religiosidade dos índios não reconhecia o pecado. Logo, desprovidos de culpa, não teriam como ser submetidos pelos padres, porque o maior instrumento de coerção da cristandade – a ameaça do castigo eterno – não surtia efeito. Essa pureza ainda pode ser observada por aqueles que convivem com os atuais Guarani da região missioneira. No entanto, os esforço pela descaracterização dessa cultura hoje prossegue quando autoridades mal-intencionadas ou ignorantes estendem luz elétrica e televisão até os acampamentos. Perdendo o status de índios, que ainda os protege um pouco, e isolados de sua identidade, tornam-se párias a esmolar na porta do templo.A nudez na índia de Tadeu Martins foi acusada de ofender a sacralidade do altar. Mas como fica esse mesmo respeito ao sagrado se o sacerdote for um pedófilo, um delator, um omisso ou um legitimador de desmandos aboletado no regaço confortável dos coronéis de plantão? Há uma moral putrefata flutuando pelas naves da nossa catedral, emitida pelos porões ancestrais da inquisição. Nem estamos evocando o bom selvagem idealizado por Russeau, mas um povo verdadeiro a cuja sabedoria a Igreja deveria se curvar. No entanto, aquele preconceito doentio deixa seus herdeiros. E Jesus Cristo, que, numa metáfora pela inocência, pedia que deixassem ir a ele os pequeninos, vê a representação dos seus indiozinhos apartada de sua companhia justamente por obra de um religioso. Não é uma incoerência?

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Octobertanszfest na Esquina Konrad

Domingo, dia 12 de outubro de 2008, grande festa em Esquina Konrad. É tradição a festa de outubro em Esquina Konrad. Esta semana marca as festividade com muito trabalho e organização do pessoal. No domingo iniciamos as fetividades com um culto às 9:30. E depois, o almoço com a melhor carne e a tarde um ótimo conjunto musical animará a festa. Todos estão convidados.

Dez Anos de Grupo de Lazer Lírio das Missões



IECLB – Santo Ângelo

O Grupo de Lazer Lírios das Missões reuniu-se pela primeira vez no dia 28 de agosto de 1998.
O objetivo deste grupo conforme o nome é o lazer; a socialização das pessoas aposentadas e afastadas de um convívio mais social; atualizar os participantes quanto a orientações de melhor com as limitações que o tempo traz e aceitar estas limitações; reforçar a fé de que “O Senhor é Meu Pastor e nada me faltará”. Salmo 23 (Lema da turma).
Em cada encontro, que é mensal, temos um momento de reflexão, cantos de louvor e oração dirigido por um(a) pastor(a); brincadeiras e atividades físicas, danças, bingo com brindes trazidos pelos participantes e lanche.
As reuniões são festivas conforme o mês: Páscoa, Dia das Mães, Pais e etc.
O grupo também gosta de viagens, passeios ou piquenique.
Agradecemos a todos que nestes 10 anos colaboraram para que este grupo crescesse sempre mais: Casais Coordenadores, grupo de apoio e todos os participantes.
Amamos todos vocês!
“Meus amores e minhas amoras”.
Coordenadoras:
Yara Marli Arnemann e
Selecia Molinar Krüeger

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Foto da porta da Casa de Lutero e Catarina



Esta gentileza é da estudante de teologia Denise Koch que está em Göttingen e inclusive disse ela no blog que sentou-se no mesmo banco em que Lutero e Catarina sentavam. Denise enviou estas fotos. Obrigado.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008


KATHARINA VON BORA

Existem muitos livros, prédicas, sermões, biografias do grande reformador Martim Lutero. Mas uma pessoa muito importante ao lado dele, a sua esposa Käthe, quase sempre fica esquecida. Na época em que vivia, as mulheres eram consideradas inferiores ao homem. Era, talvez, este o motivo pelo qual essa grande mulher era tão pouco mencionada nos muitos livros que existem sobre a obra do reformador.
Quem era KATHARINA?
Katharina era de família nobre. Seus pais eram Hans von Bora e Katharina Haubitz von Bora. Käthe, a mais velha dos quatro irmãos, nasceu em 29 de janeiro de 1499. Quando ela tinha seis anos, faleceu a mãe. Seu pai, não sabendo como criar os quatro filhos, levou Käthe ao Convento Brehna, perto de Bitterfiel. Lá ela teve o privilégio de receber ótima educação. Passaram-se os anos e Käthe não perdia as esperanças de poder deixar o convento e servir a Deus de outra maneira. Porém o pai, entrementes, havia casado novamente, e a madrasta não queria também esta filha em sua casa, e assim foi decidido o destino da menina! Aos 16 anos de idade já se tornou noviça, e logo mais se submeteu aos votos de freira.
SUA NOVA E ÁRDUA TAREFA
A vida de Käthe ao lado do grande teólogo e professor não foi fácil. Ele praticamente não tinha tempo para a família, pois se dedicava cada vez mais à sua missão pela Reforma da Igreja. Os problemas da casa e da família Käthe resolvia com muita eficiência e de tal maneira, que o marido, às vezes, dizia: “O meu senhor Käthe”!
Este espírito de luta e de decisão tinha grande influência na vida do reformador. Nas horas mais difíceis, foi sempre ela que dava novo ânimo ao marido. Isto nos mostra também esta pequena estória que se segue: Martim Lutero sempre tinha dúvidas se o que fazia era mesmo da vontade de Deus. Às vezes, desconsolado e abalado, se trancava no quarto, e desesperadamente orava para que Deus lhe desse um sinal. Certo dia, ele novamente estava desesperado e triste, sozinho em seu quarto. De repente, escutou um leve bater na porta. “Entre”, disse sem levantar a cabeça. Mas que susto levou, quando viu entrando pela porta sua Käthe, toda vestida de preto, com um olhar bem triste. “Mas que aconteceu”, perguntou ele. “Faleceu alguém da família?” “Não”, respondeu ela com voz baixa. “Não é ninguém da família, mas quem faleceu parece ser o próprio Deus, pois senão meu esposo jamais poderia estar tão triste e sem esperanças!” Lutero logo entendeu o sentido destas palavras e, levantando-se todo animado, abraçou sua querida esposa e disse: “Não, ele não morreu, Deus vive”. Cheio de alegria e nova esperança, escreveu em letras bem grandes, sobre sua porta: VIVIT - Ele vive!
E assim Käthe sempre procurava ajudar e acompanhar seu marido em tudo, apesar de seus muitos afazeres na grande casa.

A FAMÍLIA
Deus abençoou o casal Lutero com seis filhos, três meninos e três meninas. Johannes, nascido em 7 de junho de 1526; Elisabeth, em 10 de dezembro de 1527; Magdalene, em 4 de maio de 1529; Martin, em 9 de novembro de 1531; Paul, em 28 de janeiro de 1533 e Margarethe, em 17 de dezembro de 1534. Elisabeth completou apenas oito meses de idade e, mais tarde, faleceu também com 13 anos Magdalene. Com muita fé em Deus a família conseguiu superar as perdas.
Käthe tinha muitas dificuldades em conseguir alimentar sua grande família. Além de seus seis filhos, tinham adotado várias crianças de parentes pobres. Mas em sua mesa não almoçava só sua família, mas também estudantes, professores e teólogos. Eram sempre entre 40 a 50 pessoas! Käthe, porém, tinha uma grande horta onde plantava bastante hortaliças e verduras, além de ter seu gado e víveres. Alguns amigos também traziam comida. Para deleite de seu esposo e para economizar, ela fazia sua própria cerveja. Um episódio interessante ficou registrado: à noite, quando finalmente estavam sós, os dois se sentavam em frente da casa, em dois pilares, cada qual com um caneco de cerveja (ele um litro e ela ½ litro), e então namoravam e se complementavam com longas e profundas conversas. Isto ficou registrado no canto de Lutero: “Das meine Seele erhebt bis in den 3. Himmel”.

A VIUVEZ
O dia mais triste de Käthe foi quando faleceu Lutero, em 18 de fevereiro de 1546. Foi então que começou sua luta pela tutela dos filhos e pelos bens que ele lhe havia deixado em testamento. Mas somente com a intervenção do Príncipe Eleitor, ela conseguiu ficar com a tutela dos filhos. Com a doação de 600 florins pôde comprar a propriedade de Wachsdorf, na entrada de Wittemberg.
Depois da morte do esposo, Katharina tornou-se muito pobre e só conseguia sobreviver graças à doações e ajuda de amigos. Mesmo assim ela não deixou de ajudar os mais pobres na comunidade. Aos poucos também voltou a reunir estudantes em sua casa. Neste meio tempo irrompeu a guerra, e Käthe com seus filhos tiveram que abandonar tudo e se refugiar em Magdeburg. Também o rei da Dinamarca, amigo da Reforma, socorreu a viúva e seus amigos com dinheiro.
Foi numa fuga da guerra que ela se acidentou e ficou gravemente doente. Após três meses de sofrimento, faleceu em 20 de dezembro de 1552, seis anos após seu marido. Seu corpo foi velado no Marienkirche zu Torgau, na mesma Igreja onde seu esposo tantas vezes havia proferido suas prédicas. Käthe Lutero conheceu os altos e baixos da vida, mas teve uma vida ricamente abençoada para todos que a rodeavam. Ela, a primeira esposa de pastor evangélico e co-fundadora da casa pastoral, se tornou inesquecível como a mulher em cujas pegadas a casa pastoral evangélica se tornou, através dos séculos, um lugar de bênçãos!
P. Claudio Luiz De Marchi