segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Matéria para o Jornal Mensageiro

Tradição da Quarta-feira de Cinzas

Este tempo vigoroso do Ano litúrgico se caracteriza pela mensagem bíblica que pode ser resumida em uma palavra: conversão. A proposta que se faz as pessoas mediante a imposição das cinzas é convertei-vos e crede no Evangelho e com a expressão "Lembra-te de que és pó e para o pó voltarás", convida-se a todos para refletir sobre a importância da conversão, recordando a efémera fragilidade da vida humana, sujeita à morte. Na Igreja primitiva, variava a duração da Quaresma, mas eventualmente começava seis semanas (42 dias) antes da Páscoa. Isto só dava por resultado 36 dias de jejum (já que se excluem os domingos). No século VII foram acrescentados quatro dias antes do primeiro domingo da Quaresma estabelecendo os quarenta dias de jejum, para imitar o jejum de Cristo no deserto.
Era prática comum em Roma que os penitentes começassem sua penitência pública no primeiro dia de Quaresma. Eles eram salpicados de cinzas, vestidos com sacos e obrigados a manter-se longe até que se reconciliassem com a Igreja na Quinta-feira Santa. Quando estas práticas caíram em desuso (no século VIII ao X) o início da temporada penitencial da Quaresma foi simbolizada colocando cinzas nas cabeças de toda a congregação.Hoje em dia na Igreja, na Quarta-feira de Cinzas, o cristão recebe uma cruz na fronte com as cinzas obtidas da queima das palmas usadas no Domingo de Ramos do ano anterior. Esta tradição da Igreja ficou como um simples serviço em algumas Igrejas protestantes como a anglicana e a luterana. Eu creio que nós deveríamos resgatar este simbolismo que nos prepara para este tempo especial da quaresma. Cinzas significam arrependimento, significa conversão. Arrependei-vos e convertei-vos diz o profeta João Batista preparando os caminhos para a vinda de Jesus.

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