O objetivo do blog é divulgar o trabalho pastoral realizado na Paróquia Evangélica de Confissão Luterana Alto Jacuí.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Advento em Linha Jacui
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Natal, reflexão do Colega Günter Wolff
Mt 2.1-15
Festejamos o Natal, pois nesta data Deus visitou o seu povo. Foi até mais que uma visita, ele se tornou povo, se tornou gente na forma de um palestino sem terra, sem teto, marginalizado e empobrecido para chamar a atenção das pessoas e de toda a humanidade que os caminhos de Deus não são os nossos caminhos, nem os seus pensamentos os nossos pensamentos (Is 55.8). Isto sempre é difícil para nós entendermos, pois sempre queremos que Deus pense como nós (e seja uma extensão de nós e de nossos desejos egoístas em ficar ricos a qualquer custo, a tal ponto que os corruptos até rezam sobre o dinheiro corrupto pedindo a benção de Deus sobre ele) e que caminhe as mesmas estradas que nós.
Porém, Deus caminha por outros caminhos, exatamente para chamar a nossa atenção sobre os nossos caminhos que normalmente não são os caminhos de Deus. A história do Natal é exatamente isto: ela mostra que Deus trilha outros caminhos que os nossos. Esta postura de Deus nos quer chamar a atenção para a realidade na qual vivemos que não é como Deus a quer. Assim, o Natal é anúncio e denúncia.
O Natal anuncia que Deus armou tenda no meio do povo (Jo 1.14), se fez pessoa numa família camponesa empobrecida que morava à margem do centro da sociedade, que era Jerusalém e o Templo. Jesus não nasceu na capital e nem no Templo, mas longe dele. Isto não é normal, conforme o nosso pensar, por isso os magos, que não eram reis e nem eram três, foram procurar o Messias no palácio. Aí já vem a denúncia: Deus não se encontra nos palácios em meio aos poderosos e ricos. Deus se encontra na margem, no meio dos pobres, no meio dos camponeses. Deus, no AT, sempre é visto como um Deus de camponeses escravos e sem terra em oposição aos palácios do Faraó e dos reis de Israel.
O Natal também denuncia que os do palácio tem medo do Projeto de Deus que se concretiza a partir dos que trabalham com fadiga e com as próprias mãos (I Co 4.12), são fracos e sem poder (II Co 12.10). O poder de Deus parte da fraqueza e dos fracos, por isso Jesus nasce numa família camponesa sem terra empobrecida da periferia e que não foi acolhida nem para ter dignamente uma criança. O Natal mostra a rejeição de Deus por parte do povo e dos poderosos. Mas, mostra também, que quem acolhe Deus são os fracos e marginalizados: pastores e magos, que como estrangeiros não tinham, segundo a teologia do Templo, nem lugar e nem vez na salvação. Assim os desprezados pastores e estrangeiros são os que acolhem o Projeto de Deus, materializado no menino de Belém.
A reação dos pobres e excluídos é aceitar com alegria a notícia do nascimento do Messias que os libertará de todas as opressões a que estão sujeitos, já agora. A reação dos poderosos é a de sempre: semeiam a morte e a dor para mostrar que o seu projeto é outro e que seu caminho e pensamento é outro. O Natal nos convida a nos despojarmos dos caminhos e pensamentos dos poderosos e opressores, dos Herodes e Faraós da vida, e acolhermos o caminho e o pensamento de Deus que é a vida simbolizada por uma criança. O Natal é a vitória da vida em meio aos sinais de morte espalhados pelo nosso mundo afora. O Natal mostra que apesar dos muitos sinais de morte a vida é insistente e intransigentemente vitoriosa; a vida sempre vencerá a morte. É o que nos mostram a cruz e a ressurreição de Jesus na Páscoa.
domingo, 13 de dezembro de 2009
Benção Matrimonial
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Advento em Invernadinha
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Advento em São José do Centro
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Assembléia na Paróquia Alto Jacuí
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Comunidade Evangélica de Confissão Luterana no Brasil
domingo, 6 de dezembro de 2009
sábado, 5 de dezembro de 2009
Preparação Para a Confirmação na Comunidade de Linha Jacuí
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Oração em Proveito Próprio (Políticos)
Nesta semana, o Brasil inteiro, estarrecido, tem testemunhado nos noticiários da televisão vídeos com figuras políticas recebendo maços de dinheiro vivo e guardando-os em bolsas ou no interior de suas peças de vestuário. Uma das imagens divulgadas também mostra uma oração de agradecimento.
Nesse contexto, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil – IECLB tem sido perguntada quanto a uso e significado da oração em relação a questões públicas. Afirmamos que o verdadeiro sentido da oração é ser uma interlocução confiante e despojada com Deus, nunca um instrumento de busca ou registro de benefícios pessoais injustificados. As pessoas cristãs também intercedem em favor das autoridades constituídas, pedindo a Deus que as oriente em suas ações, para que estejam sempre voltadas ao interesse público, em particular às necessidades das pessoas mais vulneráveis. Nunca é demais relembrar que a Igreja cristã foi constituída não como um balcão de negócios, mas como comunidade de pessoas falhas, mas agraciadas, que por isso mesmo exercem a liberdade cristã assim obtida no serviço desinteressado ao próximo e, de coração, no louvor a Deus.
A oração também é espaço para que as pessoas confessem a Deus suas falhas e as injustiças porventura por elas cometidas, pedindo com sinceridade por perdão e dispondo-se a, com a ajuda de Deus, corrigir os caminhos desviados. A oração cristã se inspira no próprio Senhor Jesus Cristo, que neste período de Advento, que antecede ao Natal, é celebrado como "Deus que vem a nós", como "Deus entre nós". Ele veio a nosso mundo e a nossa história, colocando-se ao lado dos seres humanos, para viver o amor divino e resgatar todo ser humano do mal.
No tocante às imagens por nós testemunhadas, a IECLB espera que todas as eventuais responsabilidades sejam exaustivamente apuradas e as instâncias competentes tomem sem delongas as medidas cabíveis e ansiadas pela população. A IECLB expressa esses votos, no espírito natalino do cântico dos anjos, dando louvor a Deus nos céus e proclamando a paz na terra.
Porto Alegre, 4 de dezembro de 2009.
Pastor Presidente
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Advento em Arroio Bonito
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Pais e Filhos, Leia é Bom Pra você Entender Seus Filhos.
Abismos Entre Pais e Filhos
Por força de minha vocação e vivência, tenho observado um fato que está se tornando cada vez mais corriqueiro: as relações entre pais e filhos estão sendo minadas por ressentimentos arraigados que teimam em sobreviver e dos quais, muitas vezes os próprios envolvidos parecem não querer mais se afastar. Mudanças no mundo estão ocorrendo de maneira muito rápida, soterrando velhos valores e princípios, criando uma espécie de abismo entre as duas gerações. Tal qual gotas de chuva que, embora pequenas, vão gradativamente causando erosão e acabam invariavelmente ocasionando desabamentos, as contendas pessoais que ocorrem no dia-a-dia, terminam por solapar as relações entre pais e filhos, por mais sólidas que possam ter sido. Uma série de pequenas agressões e acusações vão se acumulando até o momento em que não podem mais ser contidas. Pelo excesso das águas da discórdia, diques são rompidos e sentimentos ruins brotam aos turbilhões, muitas vezes acarretando rupturas irreversíveis. Daí então, em virtude de acontecimentos, eles ou elas acabamperdendo muito tempo se odiando e realimentando esses velhos ressentimentos, fato que os conduz a turvarem suas almas, impedindo qualquer possibilidade de que a vida siga seu fluxo normal, sem as naturais barreiras criadas por velhas e ultrapassadas pequenas questões. Ao invés do perdão, a acusação; ao invés do diálogo, palavras gritadas e cheias de ira. Ninguém quer perder terreno no campo da incompreensão e da intolerância. Não há chances a dar, o negócio é perpetuar o conflito. Parece que existem pessoas que longe do litígio, não se sentem bem. Alimentam-se dele e dele retiram todo o sentido para suas existências. È hora de parar e reavaliar posições. As metamorfoses, principalmente no campo da moral, da ética e dos costumes, estão ocorrendo com uma velocidade vertiginosa e muitas vezes as pessoas estão tendo dificuldades em incorporá-las e aceita-las rapidamente. Não estão tendo tempo de readaptarem seus princípios e valores. Filosofias que regeram as pessoas durante várias gerações não são fáceis de serem mudadas. É necessário serenidade para os devidos ajustes aos novos tempos, até porque, o que era novo ontem, amanhã já será velho e desgastado.Não quero avaliar se tais mudanças são boas ou ruins. Sinto porém, que necessário se faz que as pessoas envolvidas descarreguem e sepultem antigas divergências, refaçam suas concepções e procurem um ponto de equilíbrio entre as duas posições, criando uma ponte de via dupla entre os dois lados do abismo. Somente assim, norteados pelo princípio da transigência aliado a um diálogo constante entre as visões antagônicas, poderemos lançar um raio de luz sobre os conflitos cada vez mais acirrados que vejo ocorrerem entre pais e filhos.