quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Conselho aos Pais



de Charles Swindoll
"Para Pais" Traduzido e adaptado por Dennis Downing de conselhos de Charles Swindoll do livro “The Finishing Touch” (“O Toque Final”), Dallas: Word Publishing, 1994. pp. 282-284.
1. Resista à tentação de dar coisas ao invés de dar de si mesmo - nossa presença, nosso envolvimento pessoal.
Prover para a família é bíblico e temos um dever de providenciar para nossos filhos. 1 Tim. 5:8 chama aquele que fracassa em prover para sua família “pior que o descrente”. Mas a tentação à qual estou me referindo vai além das necessidades básicas. É a batalha entre brinquedo versus tempo.
Às vezes o pai deseja tentar compensar as longas horas que ele passa ausente com coisas materiais, ao invés de estar “lá” quando precisam dele.
Não tem como substituir sua presença, seu tempo em: - festas da escola; - ajudar no dever de casa, quando há necessidade; - assistir o jogo quando o filho está competindo; - estar por perto, quando ele está aprendendo a jogar bola ou quando ela quer ajuda para fazer um desenho ou armar uma pipa.
* Jesus veio aqui nos mostrar o amor de Deus pelos seus filhos. O que foi que Jesus deu aos seus discípulos? Roupas? Bens? Dinheiro? O que Jesus mais deu a seus discípulos foi seu tempo.
Mat 28:20 “E eis que estou convosco todos os dias ….” Vamos ver nessas seis dicas que Jesus tratou seus discípulos como nós pais devemos tratar nossos filhos.

2. Não dê o melhor no trabalho e apenas o que sobrar em casa.
Todos nós temos limites de energia, entusiasmo, idéias, humor, e paixão pela vida. É fácil para os pais usar todas essas coisas no trabalho, deixando quase nada para o final do dia. Resultado, a esposa e os filhos recebem só os restos.
Pais, nossas famílias merecem mais! Se você não reservar parte da sua energia e força para sua família, você chega lá no final do dia cansado, irritado e sem disposição para “dar” mais nada!
Vamos ser homens que pensam primeiro no bem estar de nossas famílias. Vamos conservá-las como a prioridade nas nossas vidas. Vamos preservar o melhor que temos para nossas famílias.
* Jesus ensinou muitas pessoas, às vezes milhares. Ele teve que enfrentar inimigos decididos a matá-lo. Mas, Jesus sempre guardou o melhor dele mesmo para seu tempo com seus discípulos. A passagem mais famosa nos ensinamentos de Jesus, o “Sermão do Monte” é direcionada não às multidões, mas aos discípulos.
Em Mateus 5:1-2, quando Jesus viu o tamanho da tarefa diante dele, quando ele tinha muito trabalho a fazer, ele se dedicou a ensinar aqueles poucos que Deus tinha dado especialmente a ele.
João 17 mostra o apego especial que Jesus tinha para com esses discípulos:
João 17:6-9 “Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus, tu mos confiaste, e eles têm guardado a tua palavra. Agora, eles reconhecem que todas as coisas que me tens dado provêm de ti; porque eu lhes tenho transmitido as palavras que me deste, e eles as receberam, e verdadeiramente conheceram que saí de ti, e creram que tu me enviaste. É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus…” … v. 12 Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura.”
Jesus olhou para estes homens como uma dádiva preciosa de Deus. E nós ainda mais, devemos olhar nossos filhos assim! Jesus se esforçou para guardar, para preservar e para não perder nenhum. Vemos o carinho, a afeto que Jesus tinha para com seus discípulos.
É verdade que Jesus não se casou, não teve filhos, nunca foi “pai” enquanto esteve aqui na terra. Mas, dizer que ele não sabia como um pai sente é esquecer que, se ele e Deus são um, então ele sente o que um pai sente. É assim que Deus quer que nós pais sintamos para com nossos filhos.

3. Ao invés de dar “sermões” sobre tudo que precisa mudar em seus filhos, que tal dar um bom exemplo através de uma atitude de escutar e aprender com a família.
Tiago 1:19: “Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.”
Quando as coisas fogem do controle em casa, temos a tendência natural de inverter a ordem do que Tiago disse. Primeiro, ficamos com raiva. Daí gritamos (sempre a mesma coisa…”Quantas vezes eu tenho que lhe dizer para não mexer com a antena da televisão quando estou vendo o jogo…!!!.). Finalmente, nós ouvimos.
Quando isso acontece, nós perdemos o mais importante. Nossos filhos podem parar. Pode ser que eles olhem para nós. Mas eles não estão ouvindo. Eles se calam. Eles param. Eles nos temem, mas, eles não nos respeitam. Nossa casa não é uma extensão do nosso escritório ou sala de trabalho. Sua esposa e filhos não são seus empregados.
Talvez consigamos respeito automaticamente onde trabalhamos; mas em casa precisamos ganhá-lo à moda antiga: através de nosso exemplo.
O difícil não é dominá-los, mas dominar a nós mesmos, e ganhar a luta contra nosso próprio temperamento.
Em Lucas 9:46 Jesus viu os discípulos discutindo quem era maior. Talvez dois anos mais tarde a mesma discussão começa na hora da última ceia em Lucas 22:24 Suscitaram também entre si uma discussão sobre qual deles parecia ser o maior. 25 Mas Jesus lhes disse: Os reis dos povos dominam sobre eles, e os que exercem autoridade são chamados benfeitores. 26 Mas vós não sois assim; pelo contrário, o maior entre vós seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve. 27 Pois qual é maior: quem está à mesa ou quem serve? Porventura, não é quem está à mesa? Pois, no meio de vós, eu sou como quem serve.
Qual a atitude de Jesus? Gritos? Desespero? Frustração? Jesus falou as mesmas palavras, com a mesma paciência que tinha falado dois ou três anos antes.
Jesus lembrou os discípulos de seu exemplo. Como pais, não podemos ter exemplo melhor do que Jesus. Vamos tratar nossos filhos com a mesma paciência com a qual Jesus tratou seus discípulos. E, quem sabe, eles acabam um dia sendo igual àqueles mesmos discípulos do Mestre Jesus.

4. Vamos não exigir a plena perfeição dos nossos filhos.
Nós pais às vezes exigimos demais, não é? Às vezes esperamos que nossos filhos sejam quase perfeitos em tudo. Se um terço dos chutes contra a rede de um jogador resultarem em gol, isso é o que? É um ótimo resultado! De fato, se ele mantiver essa marca, será um sucesso no campeonato. Mas nós muitas vezes esperamos demais de nossa esposa e filhos, como se todos os chutes deles tivessem que resultar em gols.
Seu filho vai ter notas baixas, ele vai ter brigas com colegas. Ele vai esquecer de lhe dar um recado importante. Mas, tenha cuidado em como você reage às falhas dele.
Col 3:20 “Pais, não irriteis os vossos filhos, para que não fiquem desanimados.”
Uma criança irritada é alguém que não consegue saltar alto o suficiente, graças a um pai exigente, que por ignorância pensa que ser um bom técnico significa estar sempre subindo a barra. Já vimos na vida de Jesus como ele foi paciente com as falhas de seus discípulos. Não podemos esquecer que ele continua paciente para conosco. Devemos ter cuidado não somente no julgamento dos outros, mas de nossos filhos também:
Mat 7:2 “Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também.”

5. Resista à tentação de encontrar intimidade ou prazer fora da sua casa. Graças à nossa habilidade de racionalizar, nós homens podemos nos envolver nos casos mais ridículos que alguém pode imaginar. Eu já ouvi diversas estórias. Eu também já escutei os filhos dos adúlteros depois do ocorrido, que nunca conseguiram compreender, que sofrem mais do que podemos descrever, que carregam cicatrizes permanentes.
O charme da paixão sedutora é incrivelmente forte, capaz de cegar até os santos. A tentação pode ser o suficiente para fazer um pai esquecer por um momento até sua família.
O desejo pode fazê-lo menosprezar as conseqüências devastadoras do seu pecado. Mas, há conseqüências e elas podem destruir não somente sua família, mas seus filhos também.
** É por isso que eu sugiro que os pais carreguem consigo uma foto da sua família, e que a olhem com freqüência. É difícil ter fantasias sexuais enquanto se olha para os rostos sorridentes e crédulos dos seus familiares. Qual a atitude de Jesus perante as tentações que ele enfrentou?
João 17:19 “E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade.”
Jesus se manteve puro e se negou, porque era certo e justo. Mas, também sabemos que ele fazia isso pensando nos seus discípulos e na importância disso para eles.

6. Assuma seu papel de líder espiritual da sua família.
Sua esposa e filhos desejam que você os guie espiritualmente. Os filhos adoram saber que seu pai ama a Deus, anda com Deus e fala sobre Deus. Nunca esqueça seu valor como líder espiritual da família. Deut 4:10-11 Reúne este povo, e os farei ouvir as minhas palavras, a fim de que aprenda a temer-me todos os dias que na terra viver e as ensinará a seus filhos. Então, chegastes e vos pusestes ao pé do monte; e o monte ardia em fogo até ao meio dos céus, e havia trevas, e nuvens, e escuridão.
Deut 6:1-7 Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR, teu Deus, se te ensinassem, para que os cumprisses na terra a que passas para a possuir; para que temas ao SENHOR, teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida; e que teus dias sejam prolongados. Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.
Está pronto para um desafio? Comece a passar tempo com Deus, torne-se num homem de oração, ajude sua família a saber o quanto você ama a Cristo e deseja honrá-lO.
Por que não começar hoje? Vamos lá, é um dos maiores presentes que um homem pode dar a sua família.
E, não há dia melhor para começar do que no seu dia.

domingo, 3 de agosto de 2008

Festa ;Porco no Rolete em São Miguel




A Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de São Miguel esteve em festa hoje, domingo, dia 3 de agosto de 2008. A festa ocorreu no CTN e fazia parte das festas do calendário do município. Estiveram presentes a diretoria da Paróquia Evangélica de Confissão Luterana Missões na presença do senhor Paulo Trapp tesoureiro e Rubens Schneider presidente da mesma e suas famílias. Também esteviveram presentes autoridades políticas, senhor prefeito de São Miguel e vereadores. A comunidade marcou presença e a festa foi um sucesso, isto na avaliação do presidente da Comunidade Ademar Luasch. Parabéns a diretoria de São Miguel pelo empenho, dedicação e trabalho na organização de mais este evento.

Irmã na fé do Distrito Federal


No mês de julho tivemos a satisfação de receber a irmã na fé e por opção e adoção mana Marianne Schneider. Marianne veio com o filhinho João Artur para a alegria dos avós. Ela nos contou como anda a nossa amada IECLB em Brasilia, falou das dificuldades que a nossa Igreja enfrenta e das alegrias, das vitórias e conquistas que as famílias luteranas batalham para manter o trabalho pastoral. Foi uma visita que nos alegrou e nos motivou em um momento bastante delicado pra mim. Pois, estava na superação da catapora. Um grande abraço Marianne.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Livro de Fitoterapia em Língua Kaikang



Durante o ano de 2007 realizaram-se diversas atividades - visitas, entrevistas, encontros, oficinas, entre outras - sob o enfoque da "revitalização sobre saberes tradicionais de manejo e uso de espécies medicinais e nutricionais", principalmente entre grupos de mulheres kaingang da Terra Indígena (T.I.) Guarita. Estas atividades proporcionaram a confecção de material didático destinado aos estudantes kaingang. O material baseou-se nos relatos proferidos nos encontros e entrevistas com pessoas idosas e parteiras da T.I. Guarita. Redigido por três docentes kaingang e apoio das monitoras kaingang, que realizaram as visitas e entrevistas e coordenaram os encontros, e da equipe do Conselho de Missão entre índios - COMIN - como apoio logístico.

Inicialmente, previa-se a elaboração de uma cartilha com cerca de 20 páginas. Contudo, devido à abundância de informações sobre os saberes coletados, o resultado foi a elaboração do livro Gufã ag kajró, de 80 páginas. Maiores informações: Matéria Completa no site: www.luteranos.com.br/sinodonoroeste

terça-feira, 22 de julho de 2008

Catapora


Queridos amigos, como é difícil enfrentar a catapora como adulto. Há uns 15 dias atrás o Ariel, meu filho, pegou catapora no colégio. Eu nem me lembrava mais se já tinha passado por isto. Mas, ele sofreu bastante teve amigdalite e alergia. Bem, ele melhorou. Passando alguns dias eu fui sentindo uma indisposição, dores musculares e nas articulações, falta de força, dor de cabeça e no terceiro dia apareceu a catapora. Isto tudo acompanhado de febre. Mas foi abundante tive bolhas por todos os membros do corpo. Agora estou no período crítico de transmitir a mesma. Porém, assim passei as minhas férias. Que férias! E me preparo para o final de semana, espero estar apto para o serviço de Deus.

Um abraço a todos.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

A Casa da Paróquia está ficando linda, vejam




A casa situa-se no bairro Ditz em Santo Ângelo.

Gideões Internacionais no Brasil


Eu me senti honrado com o convite recebido dos Gideões de Santo Ângelo na pessoa do meu amigo Hed Brites. Os Gideões fazem um trabalho maravilhoso divulgando a palavra de Deus. É evidente que os mesmos podem contar com o meu apoio e admiração nesta nobre tarefa missionária de levar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo as pessoas que muitas vezes não tem condições de ter uma bíblia. O trabalho de divulgar a mensagem de nosso Senhor também é realizado nas escolas. Parabéns a vocês, homens de Deus que possam continuar com este grandioso trabalho.

Arte Mulher Em Santo Ângelo






Batismo de Mateus Cabral Silva Rentz

Domingo, dia 6 de julho de 2008, estará recebendo o batismo Mateus Cabral Silva Rentz. Filho de Douglas Roberto Rentz e Raquel Cabral Silva Rentz, residentes em São Miguel das Missôes membros da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana No Brasil. O culto de batismo será realizado as 10:30.

Oração Pela Família



A minha família, Senhor, é um pequeno jardim plantado entre as tribulações do mundo e onde colho, diariamente, as flores da alegria e as bênçãos do refazimento.Quando juntos, a vida corre harmoniosa e serena qual se fôssemos um pequeno mundo à parte, isolados do torvelinho humano pelos laços inquebrantáveis da simpatia, do carinho e da compreensão mútua...No entanto, sei que tudo se transforma, se altera, se dilui e se recompõe nem sempre da forma como desejamos.Aqueles que eu amo, Senhor, hoje amparados em meu coração pelos laços de sublime afeto, amanhã poderão se encontrar em experiências das quais não me será permitido fazer parte... Enfrentarão, talvez, tempestades e angústias que não poderei aplacar, por mais queira; encontrarão desenganos que meus cuidados serão incapazes de afastar e conhecerão, quem sabe, pessoas que os levarão para longe de mim, deixando um ninho vazio e lembranças, apenas, de um tempo feliz e melhor...Hoje, quando olho para minha família e me embriago entre afagos e carícias, não devo mais esquecer que eles, assim como eu, Te pertencem, para que Tu, Divino Condutor, os guie pelos caminhos que melhor lhes auxiliem a evolução, caminhos estes que nem sempre serão os meus caminhos...Por isso, embora grato pela felicidade que me proporcionastes ao permitir que tantos corações queridos renascessem junto de mim, rogo-lhe não permita que o egoismo me isole com eles em meu ninho de amor, transformando-os em bonecos de deliciosa manipulação e fazendo-os sofrer mais tarde, quando o vento da provação afastar para bem distante a minha possibilidade de protegê-los, agravando com isso os sofrimentos que por ventura venham a experimentar.Rogo-lhe, Senhor, igualmente, que eu jamais deixe de anotar junto a mim os outros irmãos de jornada, nem sempre aquinhoados pela mesma sorte, a vagar desprovidos do pão da ternura e do bálsamo do amor e da compreensão.Abra meus olhos, Pai, para a vida em torno, a fim de que eu assinale a presença de tantas outras almas merecedoras de todo o meu carinho e atenção, do modo como eu dispenso carinho e atenção aos meus familiares, para que um dia, quando chegar o momento de entregar os meus amados à vida, eu não sucumba, infeliz e vazio, entre o remorso, a saudade e a solidão.
Assim seja!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

OASE Em São Miguel


O encontro das senhoras evangélicas de Confissão Luterana na Comunidade de São Miguel foi muito proveitoso. Vieram de Santo Ângelo a Coordenadora Paroquial Loeri Jaeger e a dona Norma Schadeck. Elas foram as grandes incentivadoras há mais de dez anos para que a OASE lá germinasse e surgisse. Hoje o grupo já tem uma caminhada. O encontro foi um encontro festivo marcado com um belo chá. A coordenadora trouxe algumas informações importantes para a vida do grupo.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Festa da Colheita

Enquanto a Páscoa era uma festa caseira, Colheita ou Semanas ou Pentecostes era uma celebração agrícola, originalmente, realizada na roça, no lugar onde se cultivava o trigo e a cevada, entre outros produtos agrícolas. Posteriormente, essa celebração foi levada para os lugares de culto, particularmente, o Templo de Jerusalém. Os muitos relatos bíblicos não revelam, com clareza, a ordem do culto, mas é possível levantar alguns passos dessa liturgia:
a cerimônia começava quando a foice era lançada contra as espigas (Dt 16.9). É bom lembrar que deveria ser respeitada a recomendação do direito de respigar dos pobres e estrangeiros (Lv 23.22; Dt 16.11);
a cerimônia prosseguia com a peregrinação para o local de culto (Ex 23.17);
o terceiro momento da festa era a reunião de todo o povo trabalhador com suas famílias, amigos e os estrangeiros (Dt 16.11). Essa cerimônia era chamada de "Santa Convocação" (Lv 23.21). Ninguém poderia trabalhar durante aqueles dias, pois eram considerados um período de solene alegria e ação de graças pela proteção e cuidado de Deus (Lv 23.21);
no local da cerimônia, o feixe de trigo ou cevada era apresentado como oferta a Deus, o Doador da terra e a Fonte de todo bem (Lv 23.11).
Os celebrantes alimentavam-se de parte das ofertas trazidas pelos agricultores;
As sete semanas de festa incluíam outros objetivos, além da ação de graças pelos dons da terra: reforçar a memória da libertação da escravidão no Egito e o cuidado com a obediência aos estatutos divinos (Dt 16.12).
Observação: Era ilegal usufruir da nova produção da roça, antes do cerimonial da Festa das Colheitas (Lv 23.14).
Características da celebração
A Festa das Colheitas era alegre e solene (Dt 16.11);
A celebração era dedicada exclusivamente a Javé (Dt 16.10);
Era uma festa ecumênica, aberta para todos os produtores e seus famíliares, os pobres, os levitas e os estrangeiros (Dt 16.11). Enfim, todo o povo apresentava-se diante de Deus. Reconhecia-se e afirmava-se o compromisso de fraternidade e a responsabilidade de promover os laços comunitários, além do povo hebreu;
Agradecia a Deus pelo dom da terra e pelos estatutos divinos (Dt 15.12);
Era uma "Santa Convocação". Ninguém trabalhava (Lv 23.21);
Era celebrado o ciclo da vida, reconhecendo que a Palavra de Deus estava na origem da vida " da semente " da árvore " do fruto " do alimento " da vida...
Observação: A Festa da Colheita não celebra um mito, mas a ação de Deus que cria e sustenta a vida do mundo criado.
Principais motivos da Festa das Colheitas
A Festa das Colheitas (Cabanas ou Pentecostes) não era uma cerimônia neutra, isto é, os celebrantes não se reuniam para um simples lazer ou diversão. Toda a cerimônia buscava reafirmar e aprofundar o sentido da fé em Javé, o Deus Criador e Libertador.
Aprender a fraternidade
Ao ler todas as reportagens sobre a Festa das Colheitas (Semanas ou Pentecostes) é possível captar partes da cerimônia e, conseqüentemente, sua legislação. Um dos detalhes marcantes dessa "Santa Convocação" é o fortalecimento da fraternidade entre os trabalhadores do campo, incluindo a população israelita, os servos e estrangeiros.
Aprender a ter compromisso com Deus e com a comunidade
Ao celebrar a festa, toda a comunidade aprendia a ser responsável para com a vontade de Deus e com o próximo - não somente com os irmãos de sangue e fé. O ritual da festa ensinava, pedagogicamente, que Deus é o Criador e Sustentador das leis que regem o mundo. Ele fez uma distribuição comunitária da terra e manda a chuva para hebreus e gentios, bons e maus, homens e mulheres, jovens e crianças. O ritual da festa entendia que o grande problema da humanidade é a falta de amor uns para com os outros.
Aprender a repartir os dons
Primitivamente, o povo bíblico convivia com as leis divinas de modo feliz, sem lhe causar sofrimento. Por exemplo, a festa das Colheitas ensinou a comunidade de trabalhadores do campo que se deveria entregar o excedente de sua produção agrícola para Javé, a fim de que essa oferta seja compartilhada com os menos favorecidos (Lv 25.6-7, 21-22). A pedagogia dessa lei possui uma profunda sabedoria, pois ela tem como alvo educar o povo dentro dos princípios da solidariedade e igualdade social.
Aprender a agradecer
Ao agradecer a Deus pelo dom da terra - para morar, plantar e alimentar dos frutos produzidos nela - o povo descobria os mistérios da graça divina. Ser grato pela "terra que mana leite e mel", pela cevada, trigo e outros grãos que sustentam vida representam uma alegria de enormes proporções. Além da terra, os celebrantes eram ensinados a agradecer a Deus pela instrução que disciplina e ordena a vida comunitária.
Conclusão
A Festa da Colheita ou Semanas tomou o nome de Festa de Pentecostes, a partir do Período Grego (fim do século IV antes de Cristo em diante).
Todas as festas, ao longo da história do povo bíblico, sofreram metamorfoses. São modificações e adaptações, perfeitamente normais, sofridas ao longo da história, sem contudo, perderem as colunas principais de sua estrutura de sustentação. Por exemplo, na formação cultural de Israel ocorreram metamorfoses que se refletem no nome. Assim:
... hebreu » israelita » judeu » judeu da diáspora ...
Com a Festa da Colheita ou Semanas, também, ocorreram transformações significativas:
... Festa da Colheita » Festa das Semanas » Festa de Pentecostes.
A troca do nome da festa
Originalmente, a festa recebeu o nome "Festa da Colheita", porque se tratava de uma cerimônia que girava em torno de uma sega de grãos, após o período de formação e maturação. O nome "Festa das Semanas" também faz sentido, porque ele diz respeito às sete semanas de duração da festa quando se processava a colheita de trigo e cevada.
Como parte da forte influência exercida pela cultura grega sobre os judeus, a partir do século IV, antes de Cristo, o nome "pentecostes" - cujo significado é "cinqüenta dias depois" - foi usado para substituir o nome da Festa das Colheitas ou Festa das Semanas. O livro Atos dos Apóstolos usa o nome Pentecostes (At 2.1).
Da natureza e do local da festa
Originalmente, a festa das Colheitas era agrícola. Era uma reunião de agricultores que se prolongava por sete semanas. O longo tempo de duração da festa e o nome "colheita" sugerem que os agricultores reuniam-se, originalmente, para uma sega em mutirão. Como na época dessa celebração (maio/junho) não há chuva, em Israel, os celebrantes, que moravam longe do local da colheita, se abrigavam em tendas.
Contudo, o livro de Deuteronômio apresenta duas novidades à festa: a memória da libertação do Egito e a recomendação de estudar os estatutos (a Torá de Javé) durante as sete semanas de festa. Além disso, ele fornece uma outra informação: o nome da festa para o livro de Deuteronômio é Semanas e o local é o templo de Jerusalém (16.9-12). A centralização das festas foi parte da política reformista do reinado de Josias (640-609 a.C.).
Quanto ao relato do livro Atos dos Apóstolos, o nome da festa é Pentecostes e o local é a cidade de Jerusalém, não especificando se a reunião foi realizada no Templo ou próxima a ele. Quanto ao número de pessoas presentes à festa, é possível crer que os relatos de Levítico (23.15-22) e Deuteronômio (16.9-12) sugerem um limite máximo de pessoas bem inferior ao número indicado no livro de Atos dos Apóstolos (2.1-13).
A "ecumenicidade" da festa
Basicamente, a festa, tanto no período do Antigo Testamento como no Novo Testamento, era cosmopolita, isto é, ela reunia pessoas de todas as raças e condições sociais (conforme Dt 16.11 e At 2.1-13). O que varia entre os dois relatos é a quantidade de pessoas presentes no evento: o relato de Atos dos Apóstolos fala que uma multidão estava reunida em Jerusalém, enquanto que o relato de Deuteronômio refere-se a uma presença bem menor.
A fraternidade da festa
A fraternidade era estimulada, entre os agricultores, na Festa das Colheitas, conforme os textos de Levítico e Deuteronômio. Contudo, essa fraternidade é descrita, em sua plenitude, na reunião reportada no livro de Atos dos Apóstolos, através da palavra grega koinonia comunhão (At 2.42-47). Essa comunhão entre os trabalhadores do campo, na prática, forma o mutirão para colher o trigo pronto para a ceifa.

domingo, 15 de junho de 2008

Batismo Paulo Henrique Zweigle Filho



Neste domingo, dia 15 de junho de 2008, na Comunidade de Esquina Konrad, no culto de celebração da festa da Colheita foi realizado o batismo do pequeno Paulo Henrique Zweigle Filho. Nascido no dia 20 de maio de 2008. Filho de Paulo Henrique Zweigle e letícia Sulis Zweigle. Este é o primeiro filho do casal. Todos estavam felizes em participar deste momento importante na vida do Paulo Filho. Parabéns a família Sulis e Zweigle.

sábado, 14 de junho de 2008

Será que os Filhos Seguem as Pegadas dos Pais?



Eu aposto nisto. Creio que o bom exemplo seja seguido, seja imitado. E nesta forma de pensar eu me identifico com Jesus. Jesus procurava ensinar pelo exemplo. Me digas com quem andas e eu te direi quem és. Os pais precisam saber com quem andam os vossos filhos. Porque as companias influenciam demasiadamente até mais que os próprios pais. Às vezes, eu fico todo orgulhoso quando o meu filho volta da aula e mostra um desenho que ele fez. Estou postando aqui um desenho de uma Igreja e de nós três representados nela. Para uma criança de seis anos é mais do que um pai, ou uma mãe poderíam esperar. Que Deus continue abençoando os nossos filhos. E que nós possamos dar sempre o exemplo e que esta forma aponte o caminho para o Pai.

Reforma na Casa Pastoral




A Paróquia de Santo Ângelo está realizando a reforma na casa pastoral do bairro Ditz. Terminando no bairro os pedreiros vão reformar a casa do centro. Reforma é sempre um período de confusão de quebra da rotina de trabalho e organização. Mas, por outro lado se faz extremamente necessária como forma de manutenção do imóvel que há muitos anos não passa por manutenção. O trabalho dos pedreiros já foi realizado, esta semana se o tempo ajudar começará o trabalho com a pintura. Eu quero parabenizar a diretoria da Paróquia de santo Ângelo pelo trabalho e pela organização que eles vem demostrando. Embora este trabalho nem sempre seja reconhecido e avaliado como deveria.